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Julio Gomes

Flamengo é melhor, mas River ainda é o time a ser batido na América

Julio Gomes

23/10/2019 23h23

O Flamengo fez, no Rio, o que já poderia ter feito em Porto Alegre: goleou. Enfiou impiedosos 5 a 0 no Grêmio e está na final da Libertadores após quase quatro décadas.

O placar final do jogo de ida foi enganoso, centímetros flagrados pelo VAR evitaram uma contundente vitória flamenguista.

O Grêmio ainda teve uma grande chance de abrir o placar no Maracanã nesta quarta, mas, depois disso… foi só Flamengo. Muito Flamengo. E tenho uma má notícia (para os outros): será muito Flamengo por muito tempo no futebol brasileiro.

O Brasileirão está no papo. A Libertadores, claro, ainda depende do obstáculo mais difícil. O River Plate é o atual campeão, é o grande time do continente nos últimos 5 anos, com um ótimo técnico no cargo durante todo este período. Um time que sabe o que quer e sabe a que joga, além de ter uma camisa pesadíssima.

O Flamengo é mais time individualmente que o River, que deixou claro seu ponto fraco na derrota de terça para o Boca Juniors – a bola aérea é um pandemônio para os argentinos. Mas é um confronto equilibrado, não é possível apontar favoritos, ainda mais em apenas um jogo.

Diferente do que acontece no Brasil. Aqui, o Flamengo é favorito contra quem quer que seja, onde quer que jogue. O Grêmio, que vinha mostrando o melhor futebol do Brasil com Renato, desde 2017, ficou para trás. Ficou tudo isso aí para trás.

E Renato Gaúcho talvez seja o único cidadão que não possa reclamar da diferença orçamentária e de poderio. Não é o técnico do Flamengo porque não quis.

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.