Defesa flamenguista passa pela prova de fogo necessária
Se Gabriel faz no primeiro tempo, diante de Lomba, o que conseguiu fazer no segundo, com gol vazio, nem teríamos emoção na noite de quarta, no Beira-Rio. Teríamos uma eliminatória decidida.
Mas Gabigol falhou duas vezes de forma clamorosa. E o Flamengo teve a noite ruim individualmente que o Inter precisava que tivesse.
Nem assim, deu para o time gaúcho. Por quê?
O fator primordial é que o próprio Inter errou passes demais e teve pouco repertório ofensivo. Realmente, falta material humano entre o meio de campo e Guerrero. O segundo fator é que a linha defensiva do Flamengo foi impecável. Rodrigo Caio e Pablo Marí erraram quase nada, e Rafinha e Felipe Luís nas laterais representam um upgrade surreal perto do que o Flamengo tinha.
A real é que o Flamengo hoje é um time completo do 1 a 11. Jogando no lugar de Arão, Gérson mostrou-se confiável demais defensivamente.
Não é mais o Flamengo bom aqui e ali, mas péssimo em algum setor. Conseguiu acertar. Faltava ver a defesa passar por uma prova de fogo, um jogo de pressão, de bolas na área, um jogo em que era necessário estar 110% concentrado.
O Inter teve o que queria. Uma noite ruim do ataque flamenguista, conseguiu o gol e chegou ao quarto final da partida em condições: a um gol de levar a decisão para os pênaltis. Uma bola maluca, um cruzamento, um erro. O Inter se colocou em condições. O que é bastante, dada a diferença técnica clara entre os times. Mas não foi suficiente.
Diga o que diga Renato, o Flamengo é mais time que o Grêmio. Mas apontar favorito, em uma semifinal tão equilibrada, seria uma insanidade. O Flamengo, finalmente, montou o melhor time do Brasil. Daí a ser campeão, são outros 500.
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