Chegada de Daniel Alves é a de maior impacto desde os Ronaldos

Pode-se falar da contratação mais cara, a de Arrascaeta pelo Flamengo. Ou uma consideravelmente mediática, como a de Pato pelo Corinthians. Ou mesmo uma de "renascimento", a de Dudu pelo Palmeiras. Houve contratações importantes nos últimos anos de futebol brasileiro.

Mas a chegada de Daniel Alves ao São Paulo está em outro patamar.

É a contratação de maior impacto, de maior peso no futebol brasileiro desde os Ronaldos – o Fenômeno chegando ao Corinthians, em 2008, e o Gaúcho chegando ao Flamengo, em 2011.

Claro que Daniel Alves não é Ronaldo nem Ronaldinho. Mas é, simplesmente, o jogador com mais troféus na história do futebol. Um craque, que, além de muito bom, tem uma mentalidade vencedora daquelas que todo vestiário precisa. E, para completar, e talvez ao contrário dos Ronaldos, é um jogador ainda com muito mercado na Europa.

Eu achava que Daniel Alves estava esperando o desfecho da "novela Neymar" para tomar uma decisão. Logicamente, em enganei. A cabeça dele deve ter passado por Barcelona e pela Inglaterra, mas o coração desembarcou no Morumbi.

O São Paulo já era, na minha opinião, candidato a título brasileiro. Sim senhor, sim senhora!

Porque tem bom elenco, ótimo técnico (vencedor) e tem adversários preocupados com outras frentes. A exceção é o Santos, mas o fato é que o Brasileiro de pontos corridos é uma maratona, e mais vale ter elenco grande do que bom time. O Santos, inevitavelmente, deixará pontos pelo caminho.

Com a derrapada do Palmeiras, o início de trabalho no Flamengo, os gaúchos em três competições, o Cruzeiro destruído… o São Paulo já tinha de ser considerado candidato – até porque voltou bem da pausa da Copa América.

Agora, com Daniel Alves no elenco, um jogador com nível altíssimo (perto do futebol jogado aqui), com capacidade de fazer muitas funções e com a mentalidade que o clube precisa, o São Paulo não pode ser considerado nada menos do que forte candidato ao título brasileiro. Não estou aqui dizendo que será campeão. Mas que vai lutar, isso vai…