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Julio Gomes

Inter só fez 1 gol em 7 jogos contra times mais fortes do Brasileiro

Julio Gomes

26/08/2018 18h17

Contra os outros times fortes do campeonato, quase nada. Contra os fracos, quase tudo. Essa é a tônica do Internacional no Campeonato Brasileiro.

É verdade que, no segundo turno, o Inter tem a vantagem de jogar em casa contra seus concorrentes a título. Mas isso só vai significar algo se o time conseguir, de fato, se impor e ganhar jogos. Seria bom fazer alguns golzinhos.

Contra o Palmeiras, neste domingo, o Inter teve efetivamente uma chance de gol, em boa defesa de Weverton. Foi um jogo para 0 a 0 mesmo, mas, se houvesse um vencedor, teria de ser o time reserva de Scolari, pelo primeiro tempo que fez.

Até agora, contra os sete primeiros da tabela, o Inter só venceu o Atlético Mineiro, fora de casa, por 1 a 0. Jogando no Beira-Rio, empatou com Cruzeiro e Palmeiras, ambos por 0 a 0. Mesmo resultado dos empates contra Grêmio e São Paulo, fora de casa. As derrotas vieram para Palmeiras (1 a 0, primeiro turno) e Flamengo (2 a 0).

Ou seja, em sete jogos, apenas um gol marcado, uma vitória, quatro empates e duas derrotas. Sete pontos em 21 possíveis.

Contra o resto, o Inter fez 35 de 42 pontos possíveis, com 11 vitórias, somente dois empates e uma derrota. Aproveitamento de 33,3% contra os times de ponta, 83,3% contra o resto. O abismo é surreal.

Para ser campeão pela primeira vez desde 1979, o Inter vai precisar mudar essa dinâmica. E a hora é agora, já que os três próximos jogos são contra Cruzeiro (fora), Flamengo e Grêmio, em casa. Mais para frente virão os duelos contra São Paulo e Atlético-MG, também no Beira-Rio.

É verdade que a defesa está firme, sólida, não sofreu gols nos últimos seis jogos. E defesas ganham campeonatos.

Mas Odair Hellmann tem um abacaxi para resolver. Achar gols e vitórias em jogos grandes. Senão, o sonho de título não passará disso… um sonho.

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.