Jogaço da Suíça deixa casca de banana no caminho do Brasil
Brasil x Sérvia, quarta, em Moscou. Não há margem de erro para a seleção. Após a vitória dramática contra a Costa Rica, o Brasil pode empatar com a Sérvia para ir às oitavas. Mas, se perder, estará eliminada.
Perder para a Sérvia seria um absurdo? Não. Essa é a casca de banana que a Suíça jogou para o Brasil, após fazer um jogo espetacular nesta sexta-feira, em Kaliningrado.
Aqui é a base da Sérvia na Copa. Dezenas de milhares estão ou vieram até a cidade, e o estádio virou um caldeirão. Os torcedores sérvios apoiam constantemente e ferozmente. Havia também o componente político. O ódio de alguns torcedores sérvios em relação aos suíços de origem albanesa ou kosovar, especialmente Shaqiri.
Some a tudo isso um início fulminante dos sérvios, fazendo um gol e criando chances. Ou seja, a coisa estava feia para a Suíça. Muito feia.
Ainda assim, os caras foram lá e viraram o jogo, no melhor estilo contra tudo e contra todos. Isso serve também para algumas pessoas verem que não é só no Brasil que se joga bola no mundo. Empatar com esse time da Suíça, hoje em dia, está longe de ser uma catástrofe, como algumas pessoas pintaram.
E agora, a Sérvia. O Brasil joga pelo empate, e isso é uma grande notícia – ainda que o empate deixe a seleção provavelmente na segunda posição no grupo. Mas, à parte essa grande notícia, há outras menos animadoras.
Primeiro, o fator casa. A Sérvia novamente jogará com a torcida toda a seu favor, no jogo de quarta, em Moscou. Os sérvios são basicamente os únicos europeus que vieram em peso para essa Copa, até porque existe uma relação fraternal entre os povos. Russos estão com sérvios, sérvios estão com russos. Em muitos momentos, no estádio de Kaliningrado, o grito de apoio saía alternado da arquibancada. "Rús-si-a. Sér-vi-a. Rús-si-a. Sér-vi-a".
O segundo fator preocupante é que a Sérvia tem um bom time de futebol, com aquela mistura que considero ideal. Experiente atrás, com jogadores calejados e com história no futebol europeu, e jovem na frente, com gente destemida e de velocidade.
O terceiro fator preocupante é que a Sérvia é muito boa na bola alta. Muito mesmo. É um time físico, forte, que usa e abusa desse tipo de jogada.
O Brasil é melhor? Sim, o Brasil é melhor. Mas não é nada bom chegar à última rodada já tendo um jogo eliminatório. Se perder, está fora.
E acho que após as partidas iniciais, e com tudo o que vimos na Copa até agora, talvez o pessoal já tenha entendido que o futebol mudou de verdade. O equilíbrio é tremendo. A Suíça se livrou do problema de maneira corajosa, mostrou muita força em um estádio hostil, em condições hostis. Agora a batata quente está com o Brasil.
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