Diário da Copa: Os Milagres da Rússia
O plano era um só. Assistir ao jogo da Rússia na Rússia. Tanto se falou do desinteresse, da falta de clima de copa, de uma Rússia gelada e distante do mundial. E na hora H? Seria assim?
Cheguei em Samara em cima da hora. A viagem foi mais longa do que eu pensava e queria. Cheguei no hotel, reservado havia meses (Santa internet), 10 minutos antes do jogo.
E agora?
Rapidamente deixei as coisas no hotel, troquei de roupa e chamei um táxi pelo celular (Santa internet).
Para onde ir? Eu não sabia. Não havia tido tempo de pesquisar. Entrei no táxi. Fiquei na dúvida se o rapaz era maior de 18. Devo ser eu ficando velho.
English? No. Eu já pergunto só por perguntar. Ainda mais em Samara. Jogo rolando. Já estava 1 a 0 e eu estava aflito. Ainda mais porque achei que não haveria trânsito em Samara na hora do jogo. Que nada! Cheio de carro e gente na rua. Imaginem o Brasil estreando numa copa em casa. Bem, nem é preciso imaginar, é só voltar quatro anos no tempo. Ruas vazias. Copa do mundo!
Primeiro pensamento. Ninguém tá dando bola para isso aqui. Maxim. Maxim era o nome dele. Maxim? E agora? Rãssía. Match. Championat mira (já aprendi como se fala copa do mundo em russo).
Da. Sim. Já percebi uma coisa por aqui. Tem uma galera que entende ingles, mas não fala. É sempre um desafio sair falando, eu sei que é. Maxim entendia o que eu falava. E, o principal, entendia o que eu queria.
Lá vamos nós. Maxim não só me leva até o bar onde a torcida do krylia sovetov assiste aos jogos. Ele também entra junto. Que craque!
Quando eu cheguei, já estava 2 a 0. Ambiente relaxado. Mas não contagiante. Aí já nem acho que tem a ver com interesse ou não. Tem a ver com jeito de ser. Nós somos como somos. Russos são diferentes. Gesticulam menos, são menos expressivos. Isso não quer dizer que não sintam ou não gostem.
Bem, frieza nenhuma resiste a quarto e quinto gols no final. O bar inteiro se abraçava. já passamos para a etapa do contagiante. Fiz o famoso "toca aqui" com dois ou três russos.
Maxim pede o meu celular emprestado e escreve: "чудо". Chudo. Milagre.
É isso aí, maxim. Milagres acontecem!
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