Arbitragem será bode expiatório, mas derrota palmeirense é duríssima
O Palmeiras vai reclamar da arbitragem. Sem razão. É preciso saber perder e é preciso saber ganhar.
A arbitragem foi muito boa no Allianz Parque neste domingo. É verdade que foi ajudada pela maioria dos jogadores, que deram o papelão que deram na primeira partida e hoje se comportaram melhor. Mas o fato é que Marcelo Aparecido de Souza controlou o jogo e os ânimos inflamados desde o início. Teve méritos.
Errou ao marcar equivocadamente pênalti de Ralf em Dudu no segundo tempo. Mas depois acertou ao ouvir o que o quarto árbitro tinha a dizer. É chover no molhado pedir o VAR. O futebol precisa disso para ontem. É também chover no molhado desconfiar da interferência externa em lances assim.
É uma pena que tenhamos de ver acertos por linhas tortas. Uma espécie de clandestinidade ajudando os árbitros a tomarem as decisões certas em campo.
Ainda assim, prefiro a desconfiança a ver uma final sendo decidida por um pênalti mal marcado.
O Corinthians começou o jogo muito bem, com Matheus Vital fazendo estragos pela esquerda. Chegou rapidamente ao gol e depois fez o que melhor sabe. Se defendeu. Se defendeu muito bem, com propriedade, tomando pouquíssimos sustos ao longo de 90 minutos.
O Palmeiras é um time superior à maioria dos outros do Brasil. Tem um elenco mais recheado, o que é importante para campeonatos-maratona, não tanto para mata-matas. Isso não quer dizer que é um time bom pra caramba. É superior, mas não é essa Coca-Cola toda. O equilíbrio (por baixo) é a marca do futebol jogado no Brasil.
Esta é uma derrota duríssima. É um clube com um orçamento muito maior que o do Corinthians, uma constelação, uma final em seu estádio, com torcida única e vantagem do empate. É uma humilhação para o palmeirense.
Qual alegria ao longo do ano será grande suficiente para apagar uma derrota como essa? Talvez somente um mata-mata contra o próprio Corinthians na Libertadores.
Roger terá de juntar os cacos, pois o Brasileiro está aí.
Reclamar do árbitro é o que farão jogadores, diretores, torcedores, etc. Mas é apenas um bode expiatório. O Palmeiras deu pouco trabalho a Cássio em 180 minutos e já havia passado do Santos na bacia das almas. Há muitas coisas para serem resolvidas na constelação palestrina.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.