Corinthians despeja outro balde de água fria na concorrência

Grêmio, Palmeiras e Atlético Mineiro fora de casa. Eram, supostamente, os jogos mais difíceis do Corinthians em todo o primeiro turno do Brasileirão.

Afinal, os outros clássicos (contra Santos e São Paulo) e o duelo contra o badalado Flamengo eram em Itaquera.

O Corinthians foi lá e ganhou os três. Confesso que não entendi bem por que muitos analistas apontavam o jogo desta quarta, contra o Galo, de altíssimo risco para o Corinthians.

O Atlético é um mandante pífio no campeonato (agora são oito pontos em dez jogos, nenhum time fez menos pontos do que isso jogando em casa). Um time instável, sem confiança, que perde muitos gols, que não tem seu artilheiro (Fred), com um técnico novo e pouco experimentado e que já perdeu muitas vezes em casa para o Corinthians na história. Tudo isso contra o melhor visitante do campeonato, um time que joga de forma muito confortável sem a bola, "sabendo sofrer", aguentando pressão.

Mesmo sem Jadson, Romero, Pablo e Marquinhos Gabriel, o Corinthians era favorito para o jogo do Mineirão. E confirmou tal favoritismo da mesma forma sólida de sempre. Abriu o placar com Jô, o melhor jogador do campeonato. Segurou a bronca no segundo tempo, Cássio apareceu quando necessário, Robinho perdeu a melhor chance atleticana (seguindo padrão de outros jogos), Maycon perdeu uma chance incrível, mas logo depois Rodriguinho matou.

O script do campeonato todo.

O exército de seca pimenteiras não é suficiente para parar o Corinthians. É necessário algo mais. Algo que só Cruzeiro e Flamengo mostraram em Itaquera. De resto, a campanha inacreditável corintiana foi construída com poucos sustos.

E, se não bastasse a vitória no Mineirão, mais más notícias para a concorrência. Dos próximos quatro jogos do Corinthians no Brasileiro, três são em casa (Sport, Vitória e Atlético-GO). O único fora é contra uma Chapecoense que não vem ganhando de ninguém na Arena Condá. Na semana que vem, enquanto Grêmio, Santos e Palmeiras estarão se matando pela Libertadores, o Corinthians estará recuperando lesionados, descansando, treinando.

Faltam quatro jogos para o Corinthians igualar a maior invencibilidade de sua história (37 partidas sem perder nos anos 50). Parece que a história continuará sendo escrita por esse time, que já tem uma mão na taça do Brasileiro e administra jogos e pontos como ninguém.