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Julio Gomes

Pênalti inexistente abre caminho para desafogo palmeirense

Julio Gomes

16/07/2017 13h03

O árbitro viu o que ninguém viu. Um pênalti do estreante Wallace sobre Mina, já na reta final do primeiro tempo. Só a partir daquele gol, o de empate, o Palmeiras conseguiu respirar e abrir caminho para a goleada sobre o Vitória, nesta manhã de domingo, em São Paulo.

O Palmeiras entrou em campo pressionado, após a derrota para o Corinthians e a "visitinha" bizarra dos organizados. Até quando esse tipo de coisa vai acontecer?

O time começou bem o jogo, partiu para o abafa, mas um passe errado de Felipe Melo acabou em gol do Vitória. Depois, outro passe errado do volante, de volta após um mês, quase acabou em outro gol.

O Palmeiras, quando precisa buscar o resultado, torna-se muito fácil de ser marcado. Insiste pelos lados, mas sem jogadores tão decisivos assim e sem um centroavante para receber a chuveirada na área. O time joga pouco com Guerra, que é disparado o melhor do time neste Brasileiro.

Abrir o campo é fundamental, desde que jogadores se aproximem e causem dano pelo meio.

Quando já começavam a surgir vaias no Parque, veio o pênalti inventado pela arbitragem e convertido por Roger Guedes.

Depois, num erro da defesa do Vitória, Guerra foi esperto e preparou o gol para Dudu. Virar com 2 a 1 (em vez de 0-1 e vaias) era tudo o que o Palmeiras precisava.

No segundo tempo, o Vitória ainda teve bola na trave e chegou a ameaçar, mas aí o Palmeiras matou nos contra ataques. É nitidamente um time letal quando tem espaço. Só que quem entra como favorito quase sempre, também quase sempre enfrentará times que conhecem os seus defeitos e minimizam as virtudes.

No Brasileiro, o Palmeiras tem poucas chances de título. Pouquíssimas. Mas o campeonato é fundamental para Cuca, afinal, encontrar um jeito de jogar, um time para jogar e, quem sabe, conquistar alguma taça no ano.

Hoje, mais do que o time, o erro capital do juiz foi a jogada determinante para o resultado.

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.