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Julio Gomes

Juventus para dois dos ataques mais poderosos. Falta o melhor

Julio Gomes

09/05/2017 18h47

O Barcelona fez 160 gols em 56 jogos oficiais na temporada. Zero nos dois jogos contra a Juventus. O Monaco fez 150 gols em 60 partidas. Apenas um contra a Juventus, com a eliminatória já decidida e os jogadores menos concentrados em campo.

Falta, agora, à quase intransponível defesa da Juve parar o melhor dos ataques. O do Real Madrid, dos 158 gols em 55 jogos. Média de 2,87 gols por jogo, o ataque mais positivo da Europa.

Isso, claro, caso o Real Madrid confirme sua classificação para a final da Champions nesta quarta-feira – enfrenta o Atlético de Madri com a vantagem de ter vencido a partida de ida por 3 a 0. Já a Juventus se garantiu vencendo o Monaco por 2 a 1 – havia vencido por 2 a 0 a partida de ida.

Em 2015, a Juventus chegou à final contra o Barcelona sem ter passado por tantas provas. Neste ano, chega com confiança na estratosfera. Com a bagagem de uma final nas costas e jogadores que dão caráter ao time, como Daniel Alves – o grande nome das semifinais.

É um time que provou a si mesmo e ao mundo que é capaz de parar qualquer ataque. Seja Falcao e Mbappé, seja Messi, Suárez e Neymar, por que não pode parar Cristiano Ronaldo?

É um time capaz de jogar de muitas formas. Tem um goleiro histórico e com os reflexos em dia, uma dupla de zaga que é a melhor do mundo, laterais brasileiros todo-terreno, volantes que fecham linhas e com passe para a transição. E, claro, Dybala, Higuaín e Mandukic, homens com muito gol.

Um time completo, consistente, com camisa. A Juventus chega à nona final europeia. Ganhou pela última vez em 1996. Perdeu as finais de 97, 98, 2003 e 2015. Chegou a hora de sair da fila?

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.