Juventus faz o que quer contra o Barcelona. Quem segura?
A Juventus fez o que quis no jogo contra o Barcelona, no Camp Nou. O empate sem gols estava totalmente no script, ainda que o 1 a 1 fosse o resultado mais provável na cabeça do técnico Allegri.
A Juve cedeu chances ao Barça, era óbvio que isso aconteceria. Messi teve uma clara no primeiro tempo, algumas bolas cruzaram a área perigosamente, mas Buffon, de fato, teve pouco trabalho. Do outro lado, também dentro do script, a Juve teve contra ataques que poderia ter aproveitado no segundo tempo.
No fim das contas, foi uma eliminatória fácil para a Juventus, contra um Barcelona que vai acabando de forma deprimente uma temporada ruim. Se perder do Real Madrid, domingo, a Liga espanhola também terá ido para o espaço.
A Juve tem uma chance mais clara de vencer a Liga dos Campeões agora do que em 2015, quando chegou às semifinais após bons sorteios anteriores e tinha uma nítida inferioridade contra aquele Barcelona na decisão.
É um time com a mesma defesa de sempre, boa individualmente, boa coletivamente, boa por baixo, pelo alto, boa marcando atrás, boa marcando na frente. E com ótimos valores individuais na frente. Tem um homem gol em Higuaín, velocidade com Cuadrado, esforço e altura com Mandzukic, drible e gol com Dybala, criação e trabalho com Pjanic e Khedira.
Quem pode parar a Juventus? Será que chegou a hora de levantar a orelhuda pela primeira vez desde 1996?
Um confronto contra o Monaco seria o ideal. O Monaco é um time perigoso, com ótimos valores e um técnico inteligente. Mas está muito envolvido com uma forte disputa pelo título francês contra o PSG, um campeonato que não ganha há tempos. Irá se desgastar e possivelmente irá ser amarrado taticamente em hipotéticos duelos contra a Juve.
O Atlético de Madri é um confronto perigosíssimo. Outro time mordido, tentando a terceira final em quatro anos, que, assim como a Juventus, é capaz de encontrar vários métodos para ganhar uma partida. É o duelo menos interessante para a Juventus.
E contra o Real Madrid seria um superclássico, sem favoritos e, possivelmente, sem tanta influência de arbitragens – muito pelo contrário, a Uefa deve estar envergonhada por ver o Real na semi após o que aconteceu contra o Bayern.
Se em 1998 o Real Madrid quebrou um jejum de mais de três décadas sem título máximo europeu ao vencer a Juve por 1 a 0 na final, depois disso os italianos se deram bem nos três confrontos de mata-mata entre eles. Semifinal em 2003, oitavas em 2005, semifinal de novo em 2015, a única vez que um time conseguiu superar o Real Madrid na Champions nas últimas quatro temporadas (contando a atual).
Não há, portanto, qualquer bloqueio mental para a Juventus enfrentar o Real Madrid. Há respeito mútuo e a certeza de que os dois podem vencer. A Juve, convenhamos, tem mais capacidade de anular a bola aérea, principal fonte de gols do Real de Zidane ao longo da temporada.
O sorteio será sexta-feira, e a certeza é uma só: ninguém quer enfrentar a Juventus.
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