Palmas para Rodrigo Caio em um dia de tantas simulações
O que Rodrigo Caio fez neste domingo não deveria ser notícia. Ele foi apenas… honesto. O árbitro havia mostrado cartão amarelo para Jô, por achar que o corintiano havia acertado o goleiro Renan na tentativa de chegar à bola.
Rodrigo Caio falou para o árbitro que ele – e não o rival – tinha tocado em Renan. O árbitro tirou o cartão amarelo de Jô.
Esse tipo de honestidade deveria ser o mínimo. Mas o mínimo está em falta no futebol brasileiro. Na sociedade brasileira.
Neste mesmo Campeonato Paulista, no dérbi centenário da fase de grupos, o Corinthians ficou com um jogador a menos contra o Palmeiras porque o árbitro confundiu dois jogadores. Mostrou o cartão e expulsou Gabriel, que não havia feito a tal falta.
Erro do árbitro, sem dúvida. Mas quantos jogadores do Palmeiras em volta perceberam o erro e aplaudiram e comemoraram, em vez de fazer o que fez Rodrigo Caio?
Erros acontecem. Mas precisamos de uma vez por todas extirpar da nossa sociedade a necessidade de "se dar bem" às custas de erros alheios. Chega de celebrar fins que justificam os meios.
O futebol é, como essência, um jogo de "engano". Tentar enganar o adversário. Fingir que vai pra cá e vai pra lá. Fingir que vai chutar e dar um passe.
Mas fingir que um adversário te acertou no rosto quando o cotovelo dele atingiu o peito… isso está correto?
Ficar quieto ao ver um árbitro, um ser humano, cometer um erro que você sabe que ele cometeu e pode ser corrigido?
Zé Roberto, um grande nome da história do futebol brasileiro, de quem sou fã, fez isso hoje em Campinas. Simulou uma agressão no rosto que não houve. Fiquei surpreso. Aliás, vários jogadores fizeram o mesmo em Campinas. Simular agressões para que o adversário seja expulso.
É o ridículo do futebol brasileiro. O ridículo da sociedade brasileira.
Palmas para Rodrigo Caio. Que sirva de exemplo.
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