PSG massacra com receita que o próprio Barça ensinou
Lembra do Barcelona de seis, sete anos atrás? Aquele time mudou o futebol. Mostrou que marcação pressão, controle do jogo através da posse de bola, criação de maiorias, talento ganhando mais peso que o físico… mostrou que essas coisas funcionam. A receita dependia, claro, de jogadores para colocarem em prática. Ao longo dos anos, mais e mais clubes e seleções passaram a jogar desta forma. Com variáveis, claro. Mas com os mesmos conceitos.
O Paris-Saint Germain colocou a receita em prática com perfeição nesta terça-feira. Meteu 4 a 0 no Barcelona, com direito a chocolate, e ficou virtualmente classificado para as quartas de final da Uefa Champions League.
O terceiro gol é emblemático. Bola que sai do campo de defesa, passa de pé em pé diante de um Barça atônito. Até o belo chute de Di María. A receita ensinada ao mundo pelo próprio Barça.
Foi um banho. Verrati, o Iniestinha do PSG, fez o que o Iniesta de verdade sempre fez. Desarmou, armou, brilhou. Draxler e Di María destruíram a defesa do Barcelona pelos lados do campo, além de ajudarem na recomposição defensiva. A marcação avançada matou a saída de bola do Barça. Foi um jogo perfeito.
Ao longo da temporada inteira, o Barcelona sofreu com a transição de jogo. É um time que sente falta de Daniel Alves, de Rakitic (sumiu), de Iniesta (lesões). As individualidades (Messi, Suárez e Neymar são craques) resolveram muitas partidas. Não resolveram em Paris.
Não resolveram porque, com Unai Emery (um técnico de verdade, coisa que Blanc, talvez, não fosse), o PSG ganhou consistência defensiva. E ganhou sangue nos olhos.
Foi um time, ao longo dos 90 minutos, com aquela fome que não tinha nos últimos anos, na hora H da Champions League.
Emery jogara 23 vezes contra o Barcelona na carreira. Havia perdido 16 vezes, ganhado apenas uma. Mas essa freguesia quer dizer pouco. Emery sempre teve nas mãos times piores do que o que tem hoje. Essa freguesia se traduziu em experiência. E o treinador soube exatamente como neutralizar Suárez e Messi (o argentino havia feito 25 gols em 21 jogos contra os times de Emery).
O PSG ganhou todas as divididas, todas as bolas, todas as disputas individuais.
E os gols não demoraram a sair. Di María e Draxler no primeiro tempo, Di María e Cavani no segundo. O argentino, que começou tão mal a temporada, ganhou um chá de banco desde o começo do ano. Reagiu, mostrou incômodo, foi titular no jogo que mais importava. E mostrou por que é um dos grandes jogadores do futebol europeu.
A eliminatória está praticamente decidida. Nunca um time reverteu um 4 a 0 sofrido na ida na história da Champions.
O Barcelona vai precisar repensar, especialmente, o modo como tenta fazer a bola chegar aos seus atacantes. Precisa de alternativas melhores. O PSG torna-se um automático candidato ao título. A próxima barreira é, afinal, passar das quartas de final, coisa que não conseguiu nas últimas quatro temporadas.
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