Seleção melhora, mas finaliza pouco e ainda conta com a sorte
Há males que vêm para bem. Se uma coisa boa saiu do festival de cortes na seleção brasileira foi a titularidade de Casemiro antes do que se imaginava.
O bom primeiro tempo contra o Equador, na estreia, não tem a ver somente com Casemiro. Mas o fato é que ajuda muito ter um volante que saiba lançar, que jogue com a cabeça levantada e busque o passe para frente, não somente o festival de passes para o lado que notabilizam Luiz Gustavo.
Para um time tão novo, uma formação inédita, foi uma boa apresentação, apesar do 0 a 0. A defesa se mostrou segura nas poucas estocadas do Equador, que se propôs a jogar apenas no contra ataque. Elias, Renato Augusto e Coutinho não estiveram estáticos. Foi uma boa movimentação, com associações, subidas dos laterais e um Willian tentando cada vez mais ser protagonista.
Jonas e, depois, Gabriel não foram capazes de encontrar os espaços e triangulações para que a boa movimentação resultasse em lances de perigo. O time finalizou pouco, teve problemas no último quarto do campo e foi perdendo intensidade na etapa final. Talvez Hulk devesse ter minutos, pois é o jogador que mais capacidade tem para mudar um jogo com um chute inesperado.
Faltou improviso para quebrar uma defesa bem postada. E faltou agressividade, sangue nos olhos. Mas isso tudo no plano individual, mais do que coletivo.
No final das contas, o time não soube traduzir a superioridade em ocasiões de gol. E ainda contou com a sorte para sair com o 0 a 0. Um erro do bandeirinha, que apontou um tiro de meta ao considerar que uma bola havia saído, evitou o gol do Equador no que seria o maior frango já visto de um goleiro da seleção. Alisson precisa mandar um presente para o assistente, o futuro dele estaria comprometido com uma falha de tal porte.
Foi um mau resultado. E a falta de chances de gols é preocupante. Mas, com o cenário de um time novo e desentrosado, há alguns motivos para imaginar algo legal pela frente.
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