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Julio Gomes

Craques evitam drama inesperado para o Liverpool

Julio Gomes

10/12/2019 16h45

Por não ter vencido o Napoli em nenhuma das duas partidas entre eles, o Liverpool chegou à última rodada da fase de grupos da Champions podendo ser eliminado.

Bastaria ao Red Bull Salzburg vencer o campeão europeu para eliminá-lo, de forma mais que surpreendente. O primeiro tempo deu sinais de que a noite seria dramática para o Liverpool.

O Salzburg jogava bem e, mesmo com menos posse de bola, chegava com muita gente ao ataque e ameaçava – finalizou sete vezes, um número pouco usual cedido pelo time de Klopp.

Vieram, então, as chances claras perdidas por Salah, uma no primeiro tempo, duas no segundo. Quem não faz, toma, diz o ditado, que não surgiu à toa.

Mas não existe "não fazer" quando se tem Mané e Salah. Os caras são mais do que bons jogadores, são craques. O senegalês, que vai se transformando em um jogador top-5 mundial, fez a jogada que acabou no 1 a 0 de Keita. Logo depois, Salah aproveitou a bobeada da zaga e encontrou um ângulo improvável para fazer o segundo.

O egípcio preferiu fazer um golaço, em vez dos gols fáceis que teve para marcar antes.

Com 2 a 0, o jogo morreu na Áustria. Os craques evitaram o que ia se tornando um drama para o Liverpool. Time algum do mundo, por melhor e mais superior que seja, quer correr o risco de chegar aos minutos finais de um jogo sob risco de eliminação – já cansamos de ver isso no futebol, gols improváveis podem sair.

Não foi uma fase de grupos tão brilhante como a campanha absurda na Premier League, mas o fato é que o Liverpool ainda conseguiu passar em primeiro lugar no grupo.

PSG, Bayern, Juventus, Barcelona, City já estão todos fora do caminho do Liverpool nas oitavas. A pior das hipóteses é pegar Real ou Atlético de Madrid no primeiro mata-mata. Mas essas hipóteses são piores mesmo é para os espanhóis.

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.