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Julio Gomes

Final da Copa do Brasil tem os times mais caseiros do país

Julio Gomes

05/09/2019 05h00

A final inédita da Copa do Brasil vai colocar frente a frente os dois times mais caseiros do país. Daí, a importância do sorteio de hoje, definindo quem joga em casa a segunda partida, a decisiva.

Entre os clubes mais importantes do país, Inter e Athletico Paranaense são os dois com maior abismo entre campanhas em casa e fora. Fazem a esmagadora maioria dos pontos, conquistam a esmagadora maioria das vitórias em seus estádios. Fora, apanham.

No Brasileirão, o Internacional tem o segundo melhor aproveitamento em casa (85% de aproveitamento). Como visitante, é o terceiro pior do campeonato (17%).

Contando Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, em casa o Inter ganhou 13 jogos neste ano, empatou quatro e não perdeu nenhum. Fora de casa, perdeu metade dos jogos que fez (seis vitórias, dois empates e oito derrotas).

O Athletico Paranaense não é muito diferente. No Brasileirão, está na metade de cima entre os mandantes (75%), na de baixo entre os visitantes (26%).

Contando Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e Recopa, em casa o Athletico ganhou 12 jogos neste ano, empatou um e perdeu três. Fora de casa? É o inverso. Ganhou duas, empatou três e perdeu 12. Um Furacão na Arena da Baixada, um ventinho longe de seu estádio.

Quem jogar a primeira final em casa, precisa demais fazer o resultado para depois tentar administrar. Do mesmo modo, quem jogar a primeira fora tem que tentar sair vivo, para depois matar em seu estádio.

O Inter, a meu ver, é ligeiramente favorito na final. Tem um time melhor que o do Athletico, com mais capacidade ofensiva. Mas não é possível subestimar o atual campeão da Sul-Americana, o time que eliminou Flamengo e Grêmio na Copa do Brasil – curiosamente, os dois representantes do Brasil na Libertadores.

 

 

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.