Inter mostra sua melhor versão. Grêmio, a pior
A partida de ida, que parecia ser o marco da classificação gremista, na real foi o marco da eliminação. Porque, na ida, o Grêmio amassou o Athletico-PR. E teve várias chances, na reta final da partida, para fazer o terceiro e o quarto gols. Também na ida, Everton levou um fatal cartão amarelo que lhe tirou da volta.
Os gols perdidos e o cartão de Everton foram cruciais.
Na volta, foi a vez de o Grêmio ser amassado. E aí a vantagem não parecia ser tão grande assim. Perder seu melhor jogador não parecia ser tão trivial assim.
Com muita intensidade, o Athletico fez valer o fator casa, encontrou os gols na hora certa e nunca deu chances ao Grêmio. Onde está o melhor futebol do Brasil, tão falado por Renato? Está em 2017. Desde aquele semestre francamente bom, o Grêmio nunca mais foi tão consistente.
Sim, joga bem algumas vezes. Sim, tem um conceito de jogo claro, de pressão e controle. Mas a execução tem deixado muito a desejar. O grande jogo do Grêmio foi o da ida. Nem contra o Palmeiras, na Libertadores, se viu tudo isso que Renato vê – mas teve Cebolinha.
O elenco do Grêmio não está à altura de outros do futebol brasileiro, e, hoje, isso se notou.
Muita gente esperava dois Gre-Nais gigantescos nos mata-matas. Veremos um total de zero.
Se na Libertadores o Grêmio foi grande contra a falta de ideias palmeirense e o Inter foi covarde contra o Flamengo, na Copa do Brasil o Grêmio nos mostrou sua melhor (ida) e pior (volta) versões. Os pênaltis castigaram a pior. E o Inter mostrou, contra o Cruzeiro, sua melhor versão.
Oportunista fora de casa, intenso dentro. Hoje, o Inter deu uma resposta a seu torcedor, que não havia engolido a postura na eliminação da Libertadores.
Mesmo com o placar positivo conseguido em BH, o Inter não recuou, não se fechou, não esperou o Cruzeiro. Pelo contrário, foi para cima, atacou, tentou desde o início matar logo a semifinal. Os gols saíram naturalmente, com Guerrero, artilheiro da Copa do Brasil, e Edenílson.
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