Libertadores tem as semifinais dos sonhos
É claro que os torcedores de Palmeiras, Inter e outros vão discordar de mim. Mas, para quem vê de fora, sem paixão alguma envolvida, exceto a paixão pelo próprio futebol, as semifinais da Copa Libertadores da América são um sonho.
De um lado, o maior clássico do continente: Boca x River. Depois dos absurdos da final do passado, tudo o que esperamos é que Boca e River possam jogar bola, cada um em seu estádio, sem baderna e violência.
Tem que gente dizendo que a ida será no Wanda Metropolitano e a volta no Santiago Bernabéu :-)
Nada disso. Queremos Monumental e Bombonera. Queremos bola. E aqui, não em Madrid.
Do outro lado da chave, é sonho porque Flamengo e Grêmio são os times que mais jogam bola no Brasil.
Após uma vida de finanças em estado de calamidade pública, o Flamengo se acertou e, neste ano, fez contratações que são sacanagem. Acertou em cheio ao investir na dupla santista (Bruno Henrique e Gabriel), deu um golpe de mestre ao trazer Rodrigo Caio, Pablo Marí, Rafinha e Felipe Luís. A defesa, que era o ponto fraco, hoje é simplesmente uma defesa de nível europeu, nas mãos de um técnico europeu.
Posso estar me antecipando, mas o Flamengo esboça ser o grande time brasileiro desde o Corinthians do ano 2000 – o último, a meu ver, com bola para encarar qualquer grande europeu da época de igual para igual.
Enquanto o presente não se confirma, precisamos admitir que o Grêmio foi, nos últimos três anos, o time mais corajoso do país, apresentando ótimo futebol e colhendo resultados. Tanto que, antes de Abel e Jesus, quem o Flamengo queria mesmo era Renato.
É o melhor da atualidade contra o melhor dos últimos anos. Times corajosos, ofensivos, que fogem da ditadura de resultadistas e covardes. Técnicos com elencos nas mãos e grande capacidade.
De um lado, uma ultrarivalidade, o jogo que para um país. Do outro, muito futebol, muito talento, muita coragem, que andava em falta.
Hoje, o River é melhor que o Boca e o Flamengo é melhor que o Grêmio. Muita coisa pode mudar até outubro, quando serão jogadas as semifinais. E desconfiar de camisas como as de Boca e Grêmio, ainda mais em Libertadores. Não convém.
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