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Julio Gomes

Grêmio foi o verdadeiro furacão na primeira semifinal

Julio Gomes

14/08/2019 23h24

O apelido é do Athlético-PR, mas o furacão mesmo foi o Grêmio na primeira partida entre eles pela semifinal da Copa do Brasil.

O Athlético foi, no máximo, uma brisa na primeira metade do segundo tempo. Fora isso, calmaria total. E o Grêmio foi um vendaval no primeiro tempo e nos 10 minutos finais do jogo.

Não deu um metro sequer, pressionou em todas as partes do campo e contou com uma atuação magnífica do jovem Matheus Henrique, só 21 anos de idade e futuro promissor. Ele dominou essa tal zona do campo que tantos técnicos desprezam.

O gol sai de uma bola roubada e um passe lindo de Everton para André, mas o placar poderia ter sido maior. O Athlético, que teve uma chance preciosa com Cirino no fim do primeiro tempo, consegue voltar mais compacto do intervalo.

Elimina espaços, consegue jogar melhor, afasta o Grêmio de sua área. Parecia até estar feliz com o equilíbrio encontrado e a derrota mínima.

Aí, veio a falta de Jean Pyerre, outro de 21 anos, e a falha clamorosa de Santos – na barreira e no reflexo. Neste momento, o Grêmio vê a chance de matar a eliminatória, volta a ser furacão. Cria um punhado de chances para fazer o terceiro, contra um Athlético nitidamente grogue e sem ideias.

A eliminatória está encerrada? Não. O Athlético é sempre forte em sua Baixada. Mas o Grêmio é mais time.  Assim como o Inter, fez valer a superioridade na ida.

É a mesma situação da outra semifinal. Não está definida, mas muito inclinada para um lado. Será muito surpreendente não termos um Gre-Nal na decisão.

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.