Brasileiro vai tomando forma de Paulistão
Foram 13 rodadas disputadas. Atingimos o primeiro terço do Brasileirão, o campeonato de alguma relevância mundial mais imprevisível e equilibrado que existe.
Neste ano, o Brasileiro parecia que iria até o fim sem disputa por título, com o Palmeiras garantindo mais um troféu com um punhado de rodadas de antecipação.
Ledo engano. O Palmeiras derrapa no pós-Copa América, e, como este blog apontou quase dois meses atrás, a tabela era muito favorável ao Santos, devido às eliminações precoces nas Copas do Brasil e Sul-Americana.
Mesmo sabendo que fazer previsões sobre o Brasileirão é uma armadilha, é possível imaginar cada vez mais um campeonato disputado pelos quatro grandes de São Paulo – talvez o Flamengo, a quinta maior torcida da capital paulista, seja o único capaz de se meter nesta briga. Para isso, precisará recuperar lesionados e encontrar uma maneira de a defesa não ficar tão exposta, como vimos ontem em Salvador.
Inter e Grêmio, envolvidos em três competições, já mostram que o Brasileiro ficará no terceiro plano. E simplesmente não consigo botar fé no Atlético Mineiro quando a conversa é título.
Sinceramente, tampouco consigo botar fé no Santos, mas o fato é que o time de Sampaoli está voando e lidera com quatro pontos para o Palmeiras e oito para o Flamengo, os dois elencos mais fartos do país. Não dá para desconfiar tanto assim de quem prova valor semana após semana.
Mesmo vivos na Libertadores, Palmeiras e Flamengo não deixarão o Brasileiro de lado e têm totais condições de protagonizar a real briga pelo título.
Mas Santos, São Paulo e Corinthians prometem ficar ou entrar nessa briga.
O São Paulo, como esperado, cresceu após a Copa América e ganha, em Daniel Alves e Juanfran, experiência internacional e mentalidade vencedora. Cuca é o técnico que melhores trabalhos fez nos pontos corridos nas últimas três temporadas, o São Paulo tem elenco e, assim como o Santos, só vive para uma competição.
O Corinthians ainda tem a Sul-Americana e segue com um pobre repertório ofensivo. Mas muito dificilmente será batido em Itaquera, e Carille já ajustou a defesa. Vai tomar pouquíssimos gols. Minha aposta é que o Corinthians some 12-13 pontos até o final do mês, se colocando na briga. É quem tem a melhor tabela.
Se julho foi o mês santista, agosto promete ser corintiano.
Dentro de um mês, prevejo os quatro grandes paulistas nas cinco primeiras posições, com o Flamengo de intruso. O segundo turno do Brasileiro vai ficar com cara de Paulistão, e é a grande a tendência de o Estado mais populoso do país ganhar o quinto título seguido, repetindo o que ocorreu entre 2004 e 2008 (com Santos, Corinthians e o tri são-paulino).
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