Dérbi de Itaquera foi ruim, mas foi bom
Deu para entender? É assim, no futebol. Tem jogo que tecnicamente não é uma maravilha, que as chances de gol são escassas, raras. Mas que passam a impressão de terem sido bons. São tensos, tem um ambiente de indefinição constante no ar.
É o caso do 1 a 1 de Itaquera, entre Corinthians e Palmeiras.
A disputa tática foi boa, com times bem acertados em campo, com equilíbrio, boa distribuição. Na vontade, não há o que reclamar: os dois times botaram o coração em campo, ninguém queria perder de jeito nenhum, a intensidade foi alta até o fim.
Tirando um irritante e desnecessário VAR no primeiro tempo, a arbitragem não comprometeu, não houve grande polêmica, e os jogadores ajudaram, não enchendo tanto o saco – como vemos toda hora.
O que faltou? Chance de gol, alternância. O Palmeiras começou bem, mas levou o gol de Manoel e só foi se encontrar em campo no segundo tempo, quando Felipe Melo marcou um raro golaço de cabeça. A maneira como o volante ataca a bola levantada por Deyverson é espetacular.
O Corinthians teve o jogo controlado no primeiro tempo, mas no segundo faltou ambição. Se o Palmeiras deu uma sumida na etapa inicial, no segundo foi superior e, não fosse Cássio, teria vencido.
O Palmeiras, que vive uma mini crise com a torcida, passa ileso de um jogo explosivo e difícil, na casa do maior rival. Está vivo na Libertadores e a 4 pontos do Santos, tudo certo. E o Corinthians se coloca na posição de postulante se vencer o jogo atrasado contra o Goiás, quarta.
Não é um dérbi inesquecível. Não foi um espetáculo. Mas foi intenso, tenso, ficou aberto o tempo todo. Foi ruim, mas foi bom.
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