Os ensinamentos da era Federer-Nadal-Djokovic
Como um esporte tão parelho e complexo, como o tênis (nenhuma modalidade tem os fatores técnicos e mentais em tamanho pé de igualdade), consegue ter, ao mesmo tempo, três lendas, como Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic?
A improbabilidade é espantosa. Pelos últimos 15 anos, os caras dominaram completamente o circuito mundial. Dos últimos 65 torneios de Grand Slam, 54 foram vencidos pelo trio (20 de Federer, 18 de Nadal, 16 de Djokovic), apenas 11 por outros sete tenistas diferentes.
Os outros tenistas todos é que são fracos? Logicamente a resposta é "não". Foram eles que elevaram o jogo, inclusive porque um precisava ganhar do outro, a um nível nunca antes visto.
Entre eles, em duelos diretos, jogaram 154 vezes. Um jogo melhor do que o outro, muitos deles épicos, como a final de domingo em Wimbledon, quando Djokovic salvou dois match points para bater Federer em um tie-break do quinto set, após mais de cinco horas.
A competitividade fez com quem cada um deles tivesse que melhorar, tivesse que atingir algo muito próximo da perfeição. Um ou outro tenista pode ganhar algum jogo grande de um deles, mas são, foram, pontinhos fora da curva.
Os caras estraçalharam até a diferença entre pisos. Para chegar onde chegaram, tiveram de ser perfeitos em todos os golpes do jogo, porque qualquer ponto fraco seria facilmente exposto e explorado. Mas, mais do que isso, tiveram de atingir a perfeição mental. A jornada de autoconhecimento desses caras deve ser algo extraordinário.
O grande ensinamento dessa era Federer-Nadal-Djokovic não é o forehand ou o saque assim, assim ou assado. É a recusa em perder. É a lição de como não desistir, de manter seu nível mental, sua intensidade, de buscar. E não a qualquer custo, sempre com respeito e fair play.
Sempre podemos melhorar. Todos nós, no que quer que a gente faça na vida. Eles nos ensinaram isso. Só podemos agradecer.
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