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Julio Gomes

Grêmio pode até passar, mas Bahia é mais confiável

Julio Gomes

10/07/2019 21h40

Grêmio e Bahia fizeram um ótimo jogo no retorno do calendário do futebol brasileiro, daqueles para deixar a horrível Copa América para trás.

Partida com alternativas, bem jogado, com dinamismo, chances, enfim.

E, de fato, os dois times voltaram ao estado de forma que deixaram antes da parada para a Copa América.

O Grêmio há tempos não tem o melhor futebol do Brasil, como gosta de dizer seu técnico falastrão. Mas é um time que gosta, sim, da bola, que joga bem em vários momentos, que empurra, cria. Só que segue sem resultados.

Já o Bahia é um time com proposta firme, perigosíssimo na transição ofensiva, que sabe exatamente o que quer e que segue colhendo resultados. Empatar em Porto Alegre na partida de ida de uma mata-mata tem que ser considerado um ótimo resultado.

É perceptível como o Bahia é um time bem treinado. É verdade que estava com um jogador a mais, devido ao infortúnio de Vizeu, mas não deixa de ser impressionante que, nos quatro minutos finais de partida, já nos acréscimos, o Grêmio simplesmente não tenha encostado na bola. O time do Bahia tem movimentos definidos, como eu disse, coisa de time bem treinado.

Não é a retranca do antijogo, é time que se defende bem e leva perigo constante nos contra ataques.

O Grêmio pode passar? Claro que pode. Pode ganhar em Salvador ou pode empatar e passar nos pênaltis. Mas a confiança passa longe de ter voltado, Vizeu será baixa e ninguém sabe o que será de Everton.

Hoje, assim como em junho, o Bahia é um time mais confiável. Tem uma oportunidade de ouro para chegar nas semifinais.

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.