Juventude são-paulina passa pela prova de fogo no Allianz
Não é só chegar à final do Paulista. O que a garotada do São Paulo conseguiu neste domingo foi superar uma barreira. No Allianz, onde sempre apanha, onde parecia se apequenar a cada visita, o Tricolor conseguiu voltar a se sentir grande. E ainda ganhou Thiago Volpi, o goleiro que pegou dois pênaltis. Será que finalmente o problema da substituição de Rogério Ceni será resolvido?
Ah, e se o São Paulo tivesse perdido nos pênaltis? Se tivesse perdido, o diagnóstico seria o mesmo. O título deste post já estava escrito da seguinte forma: "Palmeiras fica com a vaga, São Paulo, com a esperança".
Afinal, o Palmeiras, campeão brasileiro e favorito a tudo, parece que joga cada vez pior. Seja fora, contra um fraco San Lorenzo, ou em casa, contra um jovem São Paulo, o Palmeiras faz a mesma coisa: quase nada. Não aproveita a superioridade de material humano, prefere a firmeza defensiva, os lançamentos longos, as bolas quebradas ou paradas. Cria pouco, constrói pouco.
A própria escalação de Fernando Prass, supostamente bom nos pênaltis, já é toda uma carta de intenções. O problema do "resultadismo" é que você fica refém do… resultado. Se vier, ótimo. Se não vier, aguenta.
O São Paulo, por outro lado enche seu torcedor de esperança. Finalmente, com um grupo jovem, o São Paulo fez um jogo grande sem parecer time pequeno. Em nenhum momento, sucumbiu emocionalmente diante de um rival mais experiente. Nem mesmo nos pênaltis, após Volpi perder o que seria a cobrança da classificação. Após anos de humilhações, sai do Allianz de cabeça alta.
É verdade que os minutos finais foram mais do Palmeiras, mas o São Paulo foi o melhor time do primeiro tempo. Teve controle do jogo e algumas boas chances com Antony. Liziero traz muito dinamismo ao meio de campo, o time é bom. Dá para fazer um bom Brasileirão, sem sustos e com expectativas. Em um time ajustadinho e com Cuca no comando, Hernanes, Pato e Tchê Tchê podem ser um upgrade importante.
Vamos ver se a diretoria conseguirá minimamente não atrapalhar, não vender ninguém, não ser o que foi nos últimos anos.
E do outro lado? Para os pontos corridos no estilo maratona, com um elenco farto e melhores possibilidades para reposição, essa falta de ideias do Palmeiras fica minimizada. Os pontos virão no emaranhado de jogos, o calendário será "culpado" pelo futebol fraco e toca o bonde.
Mas no mata-mata… esse tipo de futebol é muito mais problemático. O que incomoda ao ver o Palmeiras jogar é a falta de alternativas, muito mais do que o estilo. Qualquer estilo, qualquer plano de jogo precisa ser respeitado. Duro é, com tanto camarão, como diz Felipão, o futebol ser sempre esse de sardinha frita na gordura de ontem.
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