PSG operário dá banho tático em Manchester
Sem Neymar nem Cavani. Contra um United em grande ascensão na temporada. Em Old Trafford. Já era para o PSG, certo?
Errado.
O Paris teve uma atuação tática brilhante na vitória por 2 a 0, fora de casa, que encaminha a classificação para as quartas de final.
É óbvio que nenhum técnico em sã consciência pode comemorar a ausência de seu melhor jogador. Mas existe o lado bom de não ter Neymar. É desenhar o time do jeito que achar melhor, em função do adversário. E contar com a boa vontade dos outros jogadores, dispostos a qualquer sacrifício para superar a ausência dos craques.
O Paris matou o United com um 3-4-3 bem dinâmico, que se transformou ao longo dos 90 minutos. Mbappé foi para o comando de ataque, o que logicamente diminui o poder ofensivo de um dos craques da última Copa, um jogador que ama contra atacar em velocidade.
Mas era uma troca necessária. Com Di María e Bernat por um lado, Daniel Alves e Draxler pelo outro, o Paris conseguiu esticar o campo e segurar as jogadas do Manchester pelos flancos. A chave toda, claro, passou por atuação espetaculares de Marquinhos e Verratti no meio de campo.
No segundo tempo, em vantagem no marcador, o PSG pode recompor com os laterais, fechar a casinha e deixar o United trocar bolas inutilmente. O Manchester United, que não havia perdido ainda desde a saída de Mourinho, foi um time indefeso. Em nenhum momento se encontrou no jogo, em nenhum momento conseguiu achar uma maneira de machucar o Paris.
Um dos melhores em campo foi Di María, xingado o jogo todo pelos torcedores do United e que teve sua vingança com duas assistências. Mandou um "fuck off" pros ingleses na comemoração. Difícil criticar. Daniel Alves, como sempre, mostra ser um jogador de jogo grande. É um verdadeiro campeão.
E o United ainda perdeu Pogba, expulso, para a partida de volta.
O Paris, sem Neymar e Cavani, foi um time mais coletivo, solidário e consistente taticamente. Sinal dos tempos, hoje, na Europa, o Paris é mesmo mais forte que o United.
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