Dérbi paulista deixa muitas interrogações e só uma certeza
O roteiro do Palmeiras 0 x 1 Corinthians de ontem era fácil de ser escrito antes mesmo da partida começar. Meio óbvio, né? Não é à toa que alguém inventou a frase "clássico é clássico". Quantas vezes não vimos um time grande chegar voando e perder um clássico para outro que chega de forma claudicante?
À parte a obviedade da "surpresa", a vitória corintiana no Allianz deixa inúmeras interrogações.
O Palmeiras mostrou outra vez falta de repertório em um jogo que não era de mata-mata, mas tinha caráter de "jogo único", totalmente à parte do contexto do campeonato. Contra a parede, não soube o que fazer, não teve criatividade, não consegue deixar de ser óbvio.
Sendo o grande objetivo do ano ganhar a Libertadores… é importante que o time tenha mais ideias para as nuances do mata-mata. Será que tem?
A resposta passa pelo técnico. Felipão evoluiu em vários aspectos, como vimos no ano passado. Mas não parece mudar muito sua visão de jogo. Ele não é famoso por tirar coelhos da cartola. Vai tirar quando a hora chegar?
Do outro lado, o técnico do Corinthians, Fábio Carille, já nos mostrou ser bom em montar times reativos e fechadinhos, mas ainda não mostrou que saiba ganhar jogos em sequência quando tem o ônus de buscar o resultado. O dérbi do Allianz apenas reforça a tese. Carille dará um passo adiante ao longo deste ano?
Os elogios de Carille a Danilo Avelar e a negociação enrascada por Arana deixam outra interrogação. Vai de Avelar mesmo o ano todo?
Pedrinho, xodó da Fiel, não gerou muitas expressões de alegria após bisonhamente desperdiçar o contra ataque do 2 a 0, no finalzinho. Será que ele vai seguir perdendo espaço?
De certeza mesmo, o clássico nos deixou apenas uma. O Palmeiras não tem como confiar em Deyverson. Foi importante no Brasileiro do ano passado? Foi. Mas, além de não ser tão bom de bola assim, não dá mais para passar pano sobre o tal parafuso a menos. É preciso encontrar outra opção a Borja, que não é um poço de entusiasmo em campo. O problema do Palmeiras é a camisa 9.
Resta saber se Goulart será a solução.
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