Lopetegui se despede com um troféu: o idiota do ano
Julen Lopetegui não acabará 2018 sem um título. Não há quem tenha conseguido ser mais idiota do que ele ao longo do ano. É o campeão mundial da idiotice.
O técnico tinha em mãos uma fortíssima seleção da Espanha para a disputa da Copa do Mundo. Basta ver onde chegou a Croácia, na mesma chave da Espanha, para imaginar o que poderia ter acontecido.
Mas ele pôs tudo a perder ao negociar às escondidas com o Real Madrid, o tricampeão europeu, que acabara de ser surpreendido com a saída de Zidane.
Lopetegui foi estúpido ao usar (ou ser usado por) seu capitão, Sergio Ramos, para se acertar com o Real Madrid a dias da Copa. Poderia ter jogado às claras, talvez tivesse sido criticado aqui e ali, mas teria realizado o sonho da Copa e, depois, o sonho de pegar o mais poderoso clube do mundo. E, se o Real não topasse que assim fosse, que se danasse o clube. A missão dele era fazer da Espanha a campeã do mundo.
Os jogadores do Barcelona descobriram a negociação secreta, não gostaram. A Federação foi a última a saber e tomou a drástica decisão de demiti-lo.
Fui contra a demissão na época, pois considerava que a Federação estava dizimando as chances da Espanha na Copa – e foi o que aconteceu. Mas ser contra a demissão não significava absolver Lopetegui.
Quando a coisa começa mal, dificilmente acaba bem. Lopetegui chegou ao Real Madrid na pior situação possível. Com o time multicampeão, mas já sem jogar tão bem assim, sem Cristiano Ronaldo e com a polêmica como pano de fundo – ou seja, sem qualquer boa vontade por parte da imprensa local.
Situação que teria sido completamente diferente se ele tivesse chegado ao Real após uma boa campanha na Copa. E se tivesse sido campeão do mundo? Será que os maus resultados seriam suficientes para Florentino Pérez demiti-lo?
Para piorar, resolveu fazer rotações e mais rotações neste início de temporada, em vez de achar logo um time titular e ganhar a confiança deles, da torcida, da imprensa e dos dirigentes.
Os cinco jogos sem vitórias, o que não acontecia desde 2009, as 8 horas de futebol sem fazer gols (quase superando a histórica seca de 85, a maior da história do clube) e, de quebra, a goleada para o Barcelona, domingo, acabaram sentenciando Lopetegui.
Ele não é o primeiro treinador rifado no Real após apanhar do Barça. Já aconteceu com Luxemburgo, com Benítez e acontecerá com mais gente. Só Mourinho sobreviveu a levar de 5, como em 2010. Mas, ali, o clube vivia uma fase tão lamentável que era necessário apostar na continuidade do português.
Lopetegui é, sim, o primeiro rifado após fazer a lambança que fez. Entre tantos idiotas que tivemos em 2018, e olha que o ano nem acabou, nenhum superou Lopetegui.
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