Chance de título do São Paulo era tão fantasiosa quanto a de rebaixamento
O São Paulo flertou tanto com um inédito rebaixamento ao longo do ano passado que parecia até que ia cair. O São Paulo flertou tanto com o título neste ano que parecia até que ia ganhar. No fim, eram apenas fantasias.
O São Paulo não tinha como cair ano passado, como não tinha como ser campeão esse ano. Era, o do ano passado e é, o atual, um time "medião".
Como o Brasileiro é muito equilibrado, nivelado por baixo, muitos times são mediões. Quase todos. O que faz um cair, outro ficar lá em cima? A resposta número um é elenco. O campeonato é uma grande maratona, inserido em um calendário desumano e estúpido. Quem tiver mais dinheiro (e souber aproveitá-lo) vai sempre ter elencos melhores. Quem tiver menos, vai sofrer.
E aí entram outros fatores, claro. Ter bom técnico, elenco com encaixe, torcida apoiando, sorte, etc.
No ano passado, o São Paulo montou mal o elenco. Sofreu, mas não só não caiu como ainda quase beliscou uma pré-Libertadores. Neste ano, com um corpo diretivo mais competente, montou um time melhor. Mas para ser campeão? Fantasia.
O São Paulo tem um time bom, com técnico bom, torcida apoiou, mas o elenco não é tão recheado como o de outros concorrentes. Quando um jogador fundamental, como Éverton, se machuca, a coisa desanda facilmente. Aí Anderson Martins comete seguidos erros em seguidos jogos. Deu certo azar aqui e ali. É a história de sempre, acontece com quase todo mundo (exceto, claro, o time que acaba sendo campeão).
Tem potencial e dinheiro para, no futuro próximo, voltar a brigar forte. Possivelmente voltará à Libertadores. É o caminho a ser seguido.
Depois da derrota para o Internacional, o São Paulo fica fora da briga pelo título. São sete pontos para um Palmeiras que ninguém para, quatro para o próprio Inter, que renasce forte na luta, três para o Flamengo. Todos apontando para cima, enquanto o Tricolor ganhou uma das últimas oito – e com semanas inteiras para treinar. Aponta para baixo.
O Flamengo, que havia feito três gols só duas vezes em 41 partidas competitivas na temporada, fez dois 3 a 0 seguidos contra Corinthians e Fluminense. Cresceu com Dorival. E o Inter fez uma grande partida de futebol contra o São Paulo, no Beira-Rio. Levou um gol no início, mas partiu para a virada e com direito a gol mal anulado. Jogou bem e ainda sonha.
O Grêmio, que na visão deste blog já estava fora da luta de fato (dentro só na matemática) desde o Gre-Nal e por avançar na Libertadores (lembram do elenco curto?), ainda poderia dar uma respirada se tivesse vencido o Palmeiras no Pacaembu. Com tantos desfalques, virou presa fácil para o líder. Deyverson, estrela do time de "domingueiros" de Felipão, resolveu.
O Brasileiro parece ser, agora, coisa de três. São Paulo e Grêmio vão jogar pelo G4.
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