Cruzeiro faz placar curto demais e perde chance de matar a decisão
O Cruzeiro poderia e deveria ter vencido o Corinthians por mais do que 1 a 0, nesta noite de quarta, no Mineirão. A superioridade de um time em relação ao outro é flagrante. Mesmo sem De Arrascaeta, o Cruzeiro é muito mais time do que o Corinthians. Só há equilíbrio técnico entre os goleiros.
Como melhor time que é, o Cruzeiro dominou todo o primeiro tempo e foi premiado no fim, com o gol de Thiago Neves. Seja pelas chances do primeiro tempo quanto pelas poucas no segundo, o time da casa deveria ter vencido por mais. Até porque o Corinthians fez mais um jogo daqueles. Sem graça, sem nenhuma ofensividade, especulando com o resultado que, acredita, possa ser bom para a volta.
Na semifinal, contra o Flamengo, conseguiu segurar o 0 a 0 no Rio para, depois, achar a vitória em São Paulo. Contra o Cruzeiro, que é mais organizado e equilibrado que o Flamengo, não deu para segurar o sonhado 0 a 0. Mas a derrota mínima, ainda mais em uma Copa do Brasil em que o gol fora de casa não vale mais como critério de desempate, é o menor dos males. Certamente o Corinthians acredita que possa reverter o placar e pelo menos forçar pênaltis em Itaquera.
O problema do Cruzeiro de Mano é o mesmo já há algum tempo. Corre riscos demais, senta muito cedo no resultado.
Tivesse apertado no segundo tempo, teria criado mais chances e, possivelmente, feito um resultado melhor. Não apertou. Deu a bola ao Corinthians em vários momentos, e o time rival nada fazia com ela. O Cruzeiro deveria ter aproveitado o fator casa e o fato de ser melhor, arriscado mais, deveria ter tentado matar a final já em casa.
A postura deverá ser a mesma em Itaquera. Mano gosta de jogar assim, o time sabe se defender e tem velocidade para contra atacar. A faca e o queijo seguem nas mãos, o Cruzeiro tem a superioridade técnica e o placar a seu favor. Corre perigo, porque Mano Menezes parece ter aversão a ganhar com facilidade. Mas é muito favorito para ser campeão.
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