Palmeiras precisa priorizar clássico e usar reservas na Libertadores
Para quê, afinal, serve um elenco farto? Para que o nível de um clube não caia, ou caia o menos possível, quando jogadores forem trocados.
É por isso que elencos fartos e de bom nível ganham campeonatos de pontos corridos – campeonatos do estilo maratona, em que muitos jogadores perdem partidas por lesões, cartões, convocações, etc.
Um elenco farto também serve para situações como a que o Palmeiras enfrenta nesta semana.
Não há debate. A Libertadores é mais importante que o Paulista. Porém, por mais paradoxal que isso seja, a final contra o Corinthians é mais importante do que o jogo de hoje, contra o Alianza Lima, do Peru.
Dez entre dez torcedores do Palmeiras estão de olho no jogo de domingo como a coisa mais importante de suas vidas.
E, convenhamos, é assim que é o futebol. Falem o que quiser dos Estaduais (que precisam ser reformulados, não extintos). Mas é no futebol local que nasce a rivalidade, o amor pelo esporte, o interesse, a força que transformou o futebol brasileiro no mais vencedor do mundo.
Por mais que as pessoas que odeiem os estaduais advoguem o contrário, o torcedor quer mesmo é ganhar um título do rival. E, para o Palmeiras, com o investimento feito, jogando pelo empate e em casa, com torcida única, perder o Paulista para o Corinthians seria uma tragédia e tanto.
Uma tragédia que certamente afetaria as pretensões do clube nas disputas maiores.
Para o Palmeiras, perder para o Corinthians domingo teria efeitos mais graves na própria Libertadores do que perder para o Alianza Lima hoje.
Até porque o Alianza Lima não é um adversário direto pela vaga – é o mais fraco do grupo. E porque o Palmeiras criou gordura ganhando na estreia do Junior Barranquilla, fora de casa.
Se eu estivesse no lugar de Roger, não colocaria um time inteiramente reserva contra os peruanos. Um time inteiro reserva é risco demais.
Mas certamente deixaria de fora da partida os jogadores que saíram mais desgastados da batalha de sábado, em Itaquera. A melhor opção possivelmente seja manter a defesa titular e usar a fartura do elenco do meio para frente.
Poderia escalar, por exemplo, Felipe Melo, Tchê Tchê, Moisés, Guerra, Keno ou Deyverson. Nenhum deles seria titular no domingo. Se não quiser colocar só reservas, é possível usar alguém que esteja bem fisicamente para aguentar os dois trancos da semana.
Enfim, Roger tem opções. É isso, afinal, o que diferencia o Palmeiras de toda a concorrência.
O Vasco, envolvido na final do Carioca, e o Cruzeiro, no Mineiro, não vivem a mesma situação. O duelo entre eles, pela Libertadores, é decisivo, já que ambos perderam na estreia. E uma eventual perda de título estadual não teria os mesmos efeitos que teria uma derrota palmeirense.
Na última vez que um dérbi decidiu o Paulistão, em 99, o então técnico Luiz Felipe Scolari escalou reservas na decisão contra o Corinthians para priorizar a Libertadores. Mas aí estamos falando da final da Libertadores, que foi disputada entre as duas decisões do estadual. Uma situação um pouquinho diferente da atual.
O jogo da semana para o clube alviverde não é o de hoje. É domingo. É o divisor de águas da temporada palmeirense, para bem ou para mal.
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