Lições dos amistosos: Seleção com três no meio de campo é muito mais sólida
O jogo entre Alemanha e Brasil não foi bom. No primeiro tempo, um ritmo mais lento, mais cadenciado, imposto pela seleção brasileira, foi aceito e replicado por uma Alemanha que tinha muitos reservas, mas ainda assim jogadores de altíssimo nível.
O gol de Gabriel Jesus foi um achado, contando com a colaboração de Trapp.
No segundo tempo, o Brasil dominou por 15min, teve chance de ampliar, mas aí vieram as mudanças. A Alemanha pressionou – pero no mucho -, chuveirou, até que tentou o empate. Serviu para um bom teste da postura defensiva e do poder de concentração do time de Tite.
Foi perceptível que a Alemanha se adaptou ao ritmo imposto pelos adversários que enfrentou. Na sexta, os titulares foram envolvidos por um ritmo frenético da Espanha. Ainda assim, conseguiram achar um empate e se adaptar ao jogo no segundo tempo. Já nesta terça, a Alemanha reserva se submeteu a um jogo mais lento proposto pelo Brasil.
É fato que o time de Tite fica muito mais sólido defensivamente quando joga com dois meio-campistas ao lado de Casemiro. Paulinho e Fernandinho, que fatalmente tomará o lugar de Renato Augusto.
Perde poder ofensivo? Sim, claro. Mas, por outro lado, Paulinho fica mais solto para infiltrar. E o cara talvez seja melhor finalizador do que muito atacante por aí.
A grande observação destes dois amistosos, na esfera coletiva, é que o Brasil jogará com três meio-campistas, de forma mais sólida, nos jogos grandes. E possivelmente será mais ofensivo contra seleções fracas ou retrancadas. Este será o cenário com Willian, Coutinho e Neymar juntos. Nos jogos grandes, sobrará para Willian ou Coutinho.
Na esfera individual, confesso que Daniel Alves passa a gerar preocupação. Não é o mesmo Dani de outros anos. Errático e com pouca profundidade. O pior de tudo? Sem sombra.
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