Teste na Rússia mostra caminhos para furar ferrolhos
O Brasil fez um primeiro tempo modorrento contra a Rússia. No segundo, melhorou e construiu a boa vitória por 3 a 0 no palco da final da próxima Copa.
O que mudou?
A penetração dos meio-campistas. Tite testa um time mais agressivo, com Philippe Coutinho pelo meio e Willian entre os titulares, sacando Renato Augusto. O problema do primeiro tempo é que Coutinho foi muito Renato Augusto. E Paulinho, talvez preocupado pela ausência de outro meio-campista mais, digamos, defensivo, guardou muito a posição no meio, perto de Casemiro.
Assim, o time vivia de algumas espetadas pelos lados, mas não tinha infiltração. E Douglas Costa, logicamente, não é Neymar. Eu acho que Douglas Costa estará na lista dos 23 da Copa, mas é um jogador que não acaba de me convencer.
O Brasil não criou nada e, após uma saída de bola errada, ainda quase levou um gol da Rússia, na melhor chance da partida até o intervalo.
No segundo tempo, Philippe Coutinho e Paulinho adiantaram posicionamento. E aí começaram a ser empilhadas as chances de gol.
O primeiro saiu na bola parada – Thiago Silva está virando um zagueiro melhor na frente do que atrás. O segundo saiu de um pênalti sofrido por Paulinho. O terceiro foi marcado pelo próprio. E antes ele havia perdido gol feito, em bela jogada de Coutinho.
Contra defesas de cinco atrás, é preciso abrir o campo. Só que não é só isso. É necessário que os meias (e até os laterais, no caso do Brasil) se infiltrem por dentro, chutem a gol de fora, tentem o drible e a tabela.
Não foi o que a seleção fez no primeiro tempo. Foi o que fez no segundo.
Há seleções que marcam melhor do que a Rússia e amistoso é amistoso. Mas este foi mais um bom teste para Tite ver o que funciona – e o que não funciona – ofensivamente.
Na fase defensiva, ficam algumas pulgas atrás da orelha. O Brasil deu espaços e oportunidades com essa formação.
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