Alemanha e Espanha fazem jogaço e mandam recado para o mundo
Na Alemanha, todo mundo acredita, esteja bem ou mal. A história vencedora a credencia. Já a Espanha não costuma despertar a mesma fé por esta e outras bandas. Apesar da Copa de 2010, das Euros de 2008 e 12, do sucesso retumbante no futebol de clubes, muitos ainda duvidam da Espanha.
Não deveriam. E, quem ainda duvidar, poderia assistir ao VT do amistoso desta sexta, disputado em Dusseldorf. Alemanha e Espanha empataram por 1 a 1, mas o jogo merecia mais gols. Foi uma partida de altíssima qualidade, intensidade, mais parecia um duelo de Copa do que um amistoso.
É um cheiro para o que vem aí na Copa. Quem quiser ganhar vai ter de competir neste nível.
A Espanha já fez a transição que precisava depois do ciclo vitorioso e da pequena depressão de 2014-16. Foram-se Casillas, Xavi, Villa, Torres e outros. Não é fácil a atualização de jogadores, de sistema e a manutenção da fome e da química.
Isso tudo parece estar funcionando agora, e o jogo contra a Alemanha foi o cartão de visitas às vésperas do Mundial.
Em alguns momentos do primeiro tempo, a Espanha colocou a Alemanha na roda, simples assim. O meio de campo de "jugones", com Koke, Thiago, Iniesta, Silva e Isco trocava passes como se fosse um treino ou um jogo contra uma seleção menor. No banco, entrando no segundo tempo, gente como Asensio, Saúl, Diego Costa…
A Espanha já passou do tiki taka lento e está jogando com posse e controle, mas também com velocidade e verticalidade. É um timaço. E ainda faltou Busquets para fazer o trio defensivo consistente de veteranos com Piqué e Ramos.
Estivesse Busquets na cabeça da área e talvez Mueller não tivesse acertado o chute maravilhoso que decretou o empate. Porque a Alemanha é isso aí. Pode até estar na roda, mas nunca perde o foco e a fé. E a Alemanha não é só mentalidade forte, como sabemos. É muita bola também. Mas ainda é uma seleção que, apesar de competitiva, não concluiu totalmente a transição desde o título de 2014.
No segundo tempo, conseguiu encarar melhor a Espanha. Depois, vieram as substituições, a Espanha voltou a ser melhor. E os goleiraços, De Gea e Ter Stegen, fizeram questão de garantir a manutenção do 1 a 1.
Espanha e Alemanha usaram o amistoso para ver em que pé estavam. O que elas viram, e todos nós vimos, é que o sarrafo está lá no alto. São duas super candidatas a título na Copa da Rússia.
Na terça-feira, a Espanha jogará contra a Argentina. E a Alemanha enfrentará o Brasil. Será a hora de vermos em que pé estão os dois gigantes sul-americanos. Alguns podem se surpreender. Para bem ou para mal.
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