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Julio Gomes

Corinthians acha dois gols para sobreviver

Julio Gomes

18/03/2018 17h55

Se no primeiro tempo o Corinthians teve o domínio do jogo, mas não levou muito perigo, no segundo o Bragantino foi muito superior no Pacaembu. Um time disposto a mostrar, em campo, que poderia eliminar o Corinthians mesmo jogando duas partidas fora de casa – que papelão dos dirigentes de Bragança, que "venderam" a vantagem esportiva de jogar a primeira no interior.

No primeiro tempo, o Bragantino jogou por uma bola – e encontrou, em um escanteio aos 47. No segundo, o time criou inúmeras chances de gol. Subiu a marcação e contou com um Corinthians displicente, talvez o pior jogo do time na era Carille.

Foi a primeira vez que Carille sofre três gols em um jogo "para valer" – a única outra ocasião em que o Corinthians sofrera três gols sob comando do técnico foi em uma derrota por 3 a 0 para o Flamengo, nas rodadas finais do Brasileiro, com o título já definido.

Mas com time grande não dá para brincar.

O empate do Corinthians saiu em um gol estúpido. Após escanteio e bola espirrada, Balbuena empatou sem que ninguém subisse junto para incomodar. O Bragantino reclama de falta (inexistente) de Romero no lance. Como pode ser falta um jogador se posicionar à frente do goleiro, sem encostar nele nem pular para disputar o lance?

Mas o Bragantino não sentiu o empate. Fez 3 a 1, poderia ter feito mais e tinha o jogo controlado. Só que deu moleza para Pedrinho na intermediária, e o garoto achou um golaço nos instantes finais. Nos acréscimos, o Corinthians apertou, mas teria sido castigo demais se o Bragantino sofresse o empate. O 3 a 2 foi um resultado até curto, para o que foi o segundo tempo.

O Bragantino vai a Itaquera no meio de semana buscar um empate. Precisará fazer outro jogo quase perfeito. O Corinthians, que sobrevive no Paulista após o jogo horrível que fez, terá de jogar com muito mais foco e vontade para ir à semifinal.

 

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.