Topo

Julio Gomes

Vinícius Jr salva a pele de Henrique Dourado e do juiz no Equador

Julio Gomes

14/03/2018 23h38

Eu sei que todos os torcedores querem dizer que o grupo do seu time é o mais forte da Libertadores. Para valorizar vitória, justificar eventual derrota, sei lá. Mas o fato é que esse grupo 4 é o mais difícil da primeira fase. Especialmente para o Flamengo, por ter de jogar duas partidas com portões fechados.

Depois de ser prejudicado contra o River Plate, na partida do Engenhão, o Flamengo voltou a ser atrapalhado pela arbitragem, que não marcou um pênalti claríssimo de Guagua logo no comecinho da partida dest quarta, em Guayaquil. O jogador do Emelec perde o tempo de bola, mete a mão de forma escancarada e ninguém viu nada.

Apesar do erro, o Flamengo foi melhor ao longo da partida. Jogou bem, mesmo em um caldeirão e contra um bom time. Carpegiani percebeu que a esquerda da defesa do Emelec era fraca – uma avenida. Paquetá deitou por ali no primeiro tempo, Vinícius Jr no segundo.

E foi Vinícius Jr, com dois golaços, que virou a partida para salvar a pele do árbitro e também de Henrique Dourado.

Isso mesmo. Todas as boas jogadas do Flamengo na partida acabaram em decisões equivocadas de Dourado, um jogador que tem muito mais vontade do que talento. Ainda com a partida empatada, Dourado perdeu dois gols inacreditáveis de cabeça – supostamente, sua especialidade.

Poucos falarão de Dourado e do juiz graças ao menino Vinícius. Vai durar pouco. Vamos aproveitar.

A vitória não classifica o Flamengo. Como eu disse no começo do texto, o grupo, que ainda tem River e Santa Fé, é equilibradíssimo. O Emelec perde uma invencibilidade de 16 jogos, para se ter uma ideia do feito flamenguista. É um resultado para animar o rubro-negro. E para Carpegiani arrumar um lugar no time para Vinícius Jr.

Sobre o Autor

Julio Gomes é jornalista esportivo desde que nasceu. Mas ganha para isso desde 1998, quando começou a carreira no UOL, onde foi editor de Esporte e trabalhou até 2003. Viveu por mais de 5 anos na Europa - a maior parte do tempo em Madrid, mas também em Londres, Paris e Lisboa. Neste período, estudou, foi correspondente da TV e Rádio Bandeirantes e comentarista do Canal+ espanhol, entre outras publicações europeias. Após a volta para a terrinha natal, foi editor-chefe de mídias digitais e comentarista da ESPN e também editor-chefe da BBC Brasil. Já cobriu cinco Copas do Mundo e, desde 2013, está de volta à primeira das casas.

Sobre o Blog

Este blog fala (muito) de futebol, mas também se aventura em outros esportes e gosta de divagar sobre a vida em nossa e outras sociedades.