City e Guardiola 'matam' a Premier League no dérbi dos presentes
O Manchester City foi a Old Trafford, ganhou do Manchester United por 2 a 1 e praticamente decretou o fim da disputa pelo título da Premier League.
Além de vencer seu principal concorrente, o City ainda foi beneficiado pelos empates de Chelsea, Arsenal e Liverpool. Neste momento, o time de Pep Guardiola tem 11 pontos de vantagem para o United, 14 para o Chelsea e podemos parar por aqui. O turno está quase no fim, são 15 vitórias e 1 empate em 16 jogos e nenhuma, nenhuma indicação de que o City vá "despencar" no returno.
Podemos considerar tranquilamente que o Manchester City será campeão inglês. Basta saber quando e qual será o tamanho do recorde. Por enquanto, as 14 vitórias seguidas já são uma marca inédita.
O que não dava para imaginar é que o City venceria o dérbi de Manchester com dois gols de bola parada, contando com falhas bisonhas de um time comandado por um tal José Mourinho. O time de Pep venceu com jogadas típicas dos times de Mou. Foram três gols na partida dados de presente pelas defesas.
Mas, independente de como saíram os gols que quebraram a série invicta de 40 jogos do United em seu campo, a forma de vencer foi a forma City de jogar, a forma Pep de enxergar futebol.
O domínio do City no primeiro tempo foi impressionante. Mesmo jogando no campo adversário, controlou completamente as ações, empurrou o United para trás e passou 45 minutos sem sofrer uma finalização sequer. O gol poderia ter saído bem antes. Mas saiu de um escanteio, após uma bobeada defensiva e a finalização de David Silva. O United empatou nos acréscimos em uma falha individual de Delph, lateral improvisado na esquerda por Guardiola e bem aproveitada por Rashford.
No segundo tempo, o United voltou melhor que o City, carregando o momento do primeiro. Equilibrou a posse de bola e aproveitou o fato de Guardiola ter precisado sacar o zagueiro Kompany e colocado Fernandinho na zaga. Mas, em nova jogada de bola parada, Lukaku afastou mal e ela sobrou limpa para Otamendi fazer o segundo do City.
Guardiola corrigiu, colocando um zagueiro e tirando Gabriel Jesus que, linda entortada no argentino Rojo à parte, fez um jogo ruim, errático, tomando más decisões – ainda que, diga-se, fora de seu melhor posicionamento. A partir daí, o City voltou a dominar. Sempre carregado por De Bruyne, um jogador especial, com leitura incrível e que adapta seu posicionamento em função do que encontra na marcação adversária.
No final, o United, claro, tentou buscar o empate. E, na melhor jogada do time de Mourinho na partida, parou em dois milagres seguidos do goleiro brasileiro Ederson.
O dérbi do ano passado serviu para ver que Guardiola havia viajado na contratação de Cláudio Bravo. O de hoje serve para referendar a grana paga por Ederson, um dos heróis da vitória.
Agora são 20 jogos entre Guardiola e Mourinho, com 9 vitórias para os times comandados por Pep, 7 empates e 4 vitórias do português.
O Manchester City é o grande time da temporada até agora. Ainda falta muito na Champions. Mas, na Premier, a vaca alheia já foi para o brejo.
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