'Efeito Corinthians' faz todo jogo virar uma final e ajuda o Brasileiro
Ainda que digam que "nos pontos corridos, todos os jogos são como finais", todos sabemos que não é bem assim. Há jogos maiores que outros. Há momentos mais importantes. Há jogos em que técnicos resolvem abrir mão dos pontos, poupando titulares, priorizando outro tipo de preparação.
Mas o primeiro turno fulminante do Corinthians está gerando, na prática, partidas com pinta de final. Foi o caso do Flamengo 2 x 2 Palmeiras desta quarta-feira.
Os dois times, que construíram os elencos mais recheados do país, não especularam em nenhum momento. É claro que o Flamengo foi quem teve a bola e o domínio da partida, até por jogar em casa, mas o Palmeiras nunca abdicou do resultado.
Contra atacando, chegou à virada no primeiro tempo. E teve uma ótima chance no final do jogo. Os dois times jogaram com intensidade, movimentação e fizeram uma partida muito agradável de se assistir.
O que não foi agradável foi o resultado. O Palmeiras, que está em modo "abandono" do Brasileiro – ou usando o campeonato apenas para encontrar um time e soluções pensando na Libertadores, não conseguiu aproveitar o raro tropeço do Corinthians. O Flamengo, tampouco.
Depois de uma ótima série de vitórias, que aliviou a pressão sobre Zé Ricardo, e com as seguidas estreias dos reforços, o Flamengo parecia ter engatado a quinta marcha. Mas está sucumbindo à parte dura da tabela. Venceu o Vasco, é verdade. Mas depois, em casa, perdeu do Grêmio e empatou contra o Palmeiras. Fora, empatou com o Cruzeiro. Dois pontos nos últimos três jogos.
O Grêmio parece ter acreditado novamente que pode ganhar o campeonato. Renato Gaúcho não poupou mais o time titular, e o time venceu o Vitória, diminuindo para seis a desvantagem para o Corinthians. É a história de encarar todo jogo como vital.
Escrevi aqui na semana passada que o Flamengo se colocava como postulante único a tirar o título do Corinthians. Mas o fato é que o rubro-negro não está justificando essa análise. Nesta quarta, após o pênalti perdido por Diego, o time caiu demais. A torcida gritou "fora Zé Ricardo". A crise está voltando.
O Grêmio tem time e futebol, mas tem a Libertadores logo mais. O Santos tem mais resultados do que bola. O Palmeiras ficou muito para trás. E o Atlético Mineiro resolveu não ganhar mais de ninguém em casa.
O Corinthians abriu tamanha vantagem que pode se dar ao luxo de tropeçar várias vezes. Só não pode entrar em pânico.
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