Esperança do Barça é que Real repita pior sequência com Zidane
Zidane assumiu o comando técnico do Real Madrid em janeiro de 2016. Ao longo do ano passado inteiro, perdeu apenas dois jogos, foi campeão da Liga dos Campeões e do Mundial da Fifa. No comecinho de 2017, perdeu dois jogos seguidos: para Sevilla e Celta de Vigo.
São exatamente os dois adversários do Real Madrid no domingo e quarta-feira seguintes ao duelo de Champions contra o Atlético no meio desta semana.
Para ser campeão espanhol pela primeira vez desde 2012, o Real Madrid precisa somar sete pontos em seus três jogos restantes. Em casa contra o Sevilla, fora contra o Celta e fora contra o Málaga.
Após as goleadas de sábado sobre Granada e Villarreal, respectivamente, Real e Barcelona têm os mesmos 84 pontos. O Barça tem a vantagem no critério de desempate, mas só jogará mais duas vezes – o normal é que some seis pontos contra Las Palmas (fora) e Eibar (em casa).
Ao Barcelona, além de ganhar seus jogos, resta torcer contra o Real Madrid, um time que fez gols em todos os 55 jogos oficiais da temporada.
O Real de Zidane estabeleceu em janeiro um recorde histórico de 40 jogos seguidos sem perder. O jogo do recorde foi em Sevilha, pela Copa do Rei, um 3 a 3 arrancado com um gol de Benzema aos 48min do segundo tempo – valia apenas a marca, pois o Real já estava classificado, havia vencido por 3 a 0 na ida.
Três dias depois, os times voltaram a se enfrentar, pela penúltima rodada do turno da Liga espanhola. E o Sevilla quebrou a invencibilidade histórica do Real com uma vitória por 2 a 1 – gol contra de Sergio Ramos (ex-sevillista), aos 40min, e virada com Jovetic, aos 46min do segundo tempo.
Mais três dias se passaram, e o Real Madrid perdeu em casa para o Celta, por 2 a 1, pela Copa do Rei – com alguns desfalques, mas time titular em campo. Um empate por 2 a 2 na semana seguinte, em Vigo, decretaria a eliminação do Real na competição.
O Real voltaria a jogar em Vigo em fevereiro pelo Campeonato Espanhol, mas uma tempestade afetou o estádio Balaídos, e o jogo foi adiado. Por coincidência, será realizado agora entre penúltima e última rodadas, justamente depois do duelo contra o Sevilla.
Esta mesma sequência de jogos, a única em que Zidane saiu derrotado seguidamente desde que assumiu o clube, se repete – com os mandos de campo invertidos.
Um fio de esperança para um Barcelona se amarrando a qualquer coisa em suas "secadas". E não basta torcer para o Real empatar uma. Precisa perder uma. Ou empatar duas.
O Sevilla está em quarto no campeonato e o jogo de domingo, no Bernabéu, está longe de ser de vida ou morte. São cinco pontos abaixo do Atlético de Madri e seis acima do Villarreal na tabela. Um ponto basta ao Atlético para se garantir em terceiro lugar e ganhar a vaga direta para a próxima Champions. E um ponto basta ao Sevilla para se garantir em quarto e ir pelo menos para a fase prévia da Champions. Na última rodada, o time de Sampaoli recebe em casa o lanterna e já rebaixado Osasuna. Se perder do Real Madrid, portanto, deve conseguir o ponto que falta depois.
Já o Celta perdeu três jogos seguidos e caiu para 11o lugar na tabela – são cinco derrotas em seis partidas. É um bom time, mas com a cabeça em outro lugar, com a cabeça no sonho europeu. Na quinta-feira, o Celta viaja a Manchester para enfrentar o United por uma vaga na Europa League. É a melhor campanha europeia da história do clube, que tenta sua primeira final continental. Para isso, terá de reverter a derrota de 1 a 0 em casa, sofrida na última quinta.
O mais provável é que chegue eliminado para o confronto da outra quarta-feira, contra o Real Madrid. Será aplaudido e homenageado por seu torcedor. Mas daí a complicar um time ultramotivado pela chance de título…
O Barcelona perdeu para o Celta em Vigo e perdeu também para o Málaga, que será o adversário do Real Madrid na última rodada.
Se o Real não tropeçar e ganhar o título em Málaga, o terá feito na mesma cidade em que o Barcelona perdeu pontos pela última vez no campeonato. Aquele jogo da expulsão de Neymar.
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