Messi resolve contra a vítima predileta, e Barça renasce
Após dias para lá de tumultados, o Barcelona renasceu na temporada com uma importante vitória por 2 a 1 sobre o Atlético de Madri, em pleno estádio Vicente Calderón.
O Barcelona segue um ponto atrás do Real Madrid na tabela, já que o Real virou em Villarreal após estar perdendo por 2 a 0 – haverá muita polêmica na semana, o gol de empate do time madridista saiu de um pênalti absurdamente marcado. A virada veio logo depois.
O futebol do Barça mostrou poucos sinais de melhora. No primeiro tempo, o Atlético dominou completamente a partida, foi muito superior contra um rival apático em campo. As chances do Barcelona vieram em dois contra ataques e uma falta cobrada por Messi.
O goleiro Ter Stegen era o melhor em campo. Com mais vontade nas divididas, mais volume de jogo no meio de campo, mais bola, de fato, o Atlético mandava.
No segundo tempo, o Barcelona melhorou. E chegou ao gol com Rafinha, o filho mais novo de Mazinho, titular no meio de campo e que tentou fazer as vezes de Daniel Alves, jogando bem aberto pela direita – foi a mudança tática do pressionado técnico Luís Enrique para tentar resolver o fluxo de jogo. Rafinha aproveitou um bate rebate na área, com duas bolas espirradas seguidas, para tocar com oportunismo.
O Atlético seguiu melhor, empatou em uma bola parada (Godín, de cabeça) e quase virou. Mas, no finalzinho, Messi definiu. Um Messi sumido em campo. Mas Messi é Messi.
Foi o último jogo entre Atlético e Barça no Calderón, pois o Atlético terá estádio novo na temporada que vem. E Messi fez 13 gols nesse estádio, o lugar onde mais fez gols (fora o Camp Nou, logicamente). Já são 27 gols em 34 partidas contra o Atlético, a vítima preferida do argentino.
Em jogos exclusivamente da Liga espanhola, são 22 gols em 22 partidas contra o Atlético, que se despede do Calderón com um incômodo jejum. Ganhou pela última vez do Barça ali em jogos da Liga em 2010 – logicamente, houve vitórias por outros torneios, como a Liga dos Campeões do ano passado. Mas, pelo Campeonato Espanhol, Simeone segue sem ter vencido o Barcelona.
Para o Atlético, a derrota significa pouco. Jogou muito bem, acabou perdendo, mas já não tinha chances reais de ser campeão espanhol. O negócio para o Atlético é a Champions, com vaga quase certa nas quartas de final e em busca da terceira final em quatro anos.
Para o Barcelona, a vitória pode ser um renascimento. Já que a Inês é morta na Champions, é importantíssimo vencer em um estádio como este e mostrar ao Real Madrid que está vivo e forte na briga pelo título.
O jogo do time continua dependendo de estocadas dos três atacantes. O meio de campo segue inoperante. Mas Messi segue aí. Enquanto há Messi, há vida.
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