Palmeiras, Argentina, 2016: o ano das conquistas "impossíveis"
Muitos gostaram de 2016, algumas milhões de pessoas. Outros tantos milhões detestaram e não veem a hora de o ano acabar. O que é quase unânime, no entanto, é que 2016 foi o ano das conquistas que não achávamos que veríamos na vida.
No futebol europeu, tivemos a história mais surreal desde a lei Bosman, a União Europeia e o futebol globalizado: Leicester campeão inglês. No meio do futebol milionário dos elencos estrelados, o pequenino Leicester chegou lá.
O Atlético de Madri bateu na trave na Champions League, perdeu nos pênaltis para o Real Madrid a grande decisão.
Entre as seleções, em uma Eurocopa com a campeã do mundo Alemanha, a anfitriã França e as camisas pesadas da Itália e da Espanha, o título acabou com Portugal. O primeiro título da história da seleção portuguesa e ainda por cima sem Cristiano Ronaldo durante quase toda a partida final.
O título chileno na Copa América só não foi daqueles "impossíveis" porque repetiu o que ocorrera em 2015. Mas o futebol sul-americano teve a seleção brasileira conquistando a medalha de ouro olímpica pela primeira vez na história, em pleno Maracanã. O título que faltava.
A Copa Libertadores da América teve uma final sem um brasileiro ou um argentino pela primeira vez em 25 anos. O Atlético Nacional deu o primeiro título e um clube da Colômbia desde 2004, batendo o incrível Independiente del Valle, do Equador, na decisão. O Atlético Nacional de Medellín ainda pode ganhar a Sul-Americana e ser o primeiro clube a fazer o doblete no continente.
Se não for campeão, terá sido a Chapecoense, um título não menos "impossível".
No futebol brasileiro, o domingo consagra o Palmeiras, campeão brasileiro pela primeira vez desde 1994. Eram 22 anos de fila e, com rebaixamentos no caminho, eliminações humilhantes para times minúsculos e até goleadas para clubes do naipe do Mirassol, parecia que o Palmeiras não voltaria a ser o gigante que é.
Mas voltou.
Além do Palmeiras, o domingo nos reservou também o título da Argentina na Copa Davis. Inédito. Na Croácia, fora de casa, com 2 jogos a 1 contra e 2 sets a 0 para o croata Cilic contra o argentino Del Potro no jogo 4. Del Potro virou seu jogo para 3 a 2, Delbonis ganhou o quinto ponto e o milagre foi consumado diante dos olhos de Maradona e milhares de argentinos em plena Croácia.
Não foi só no tênis, entre os outros esportes, que milagres aconteceram.
Na NBA, o Cleveland Cavaliers, de Lebron James, foi campeão com uma virada inacreditável na série final contra o Golden State Warriors. Cleveland era a cidade americana havia mais tempo sem um título das grandes ligas do país: 52 anos. Lebron fez o impossível para sua cidade.
No beisebol, o maior tabu da história dos esportes caiu. O Chicago Cubs, após 108 anos, rebateu para longe todas as maldições escritas ao longo de mais de um século. Quantas gerações nasceram e morreram sem ver os Cubs campeões?
Felizes ou tristes, os fãs de esportes, dos mais variados esportes, não podem negar: 2016 foi o ano mais surreal de todos até hoje.
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