Vive um drama, o Palmeiras!
Futebol com Galvão Bueno é outra história, né? Podem gostar ou não gostar dele, mas o cara é fera. E há uma frase que resuma melhor a situação do que essa? "Vive um drama, o Palmeiras!".
E é um drama real. No grupo da Libertadores, o Nacional tem 5 pontos, Palmeiras e Rosario têm 4, o River Plate uruguaio tem 2. Em termos de pontuação, está tudo aberto. Mas o River é o pior time e o Palmeiras vai jogar contra Nacional e Rosario fora de casa.
O Nacional, que tem camisa pesada, joga agora três partidas em Montevidéu, e o Rosario é o melhor time do grupo.
Na semana passada, em pleno Allianz Parque, o Palmeiras foi completamente dominado pelo Rosario. E ganhou por pura sorte. Nesta quarta, perdeu por 2 a 1 para o Nacional jogando o segundo tempo inteiro com um homem a mais.
Foi a história da semana passada às avessas? Não, não foi.
Comparem o domínio do Rosario na semana passada com o "domínio", assim mesmo, entre aspas, do Palmeiras contra o Nacional.
Nada de nada de nada. O Palmeiras não criou nada no segundo tempo. Teve duas bolas aéreas perigosas com Victor Hugo e, no finalzinho, um chute de Lucas na trave. Bola alçada e abafa, nada de construção.
O time não é um primor tático, não isento Marcelo de Oliveira de culpa. Mas será que o elenco não é supervalorizado, não?
É incrível como ninguém tenta nada, ninguém chama a responsabilidade, como o número de passes errados é enorme e, o principal, como não há deslocamentos e aproximações. É um time que joga longe, distante. Sendo assim, o único recurso é girar o jogo e buscar o cruzamento. Não há penetração, aproximações, chutes de fora, triangulações.
As substituições foram corretas, mas ainda assim nada mudou.
Creio que a história do "ótimo elenco do Palmeiras" está virando uma verdade absoluta para lá de contestável. Um pouco simplista apontar o dedo para o técnico, ainda que esta seja a história de toda vida.
No pós-jogo, aquela leitura equivocada de sempre. "Eles não quiseram jogar", disse Dudu. "Tem noite que a bola não entra", falou Lucas.
Oras, o Nacional resistiu aos primeiros minutos de jogo e depois colocou seu plano em ação. Contra atacou bem e fez dois gols. No segundo tempo, se defendeu com qualidade e ganhou o tempo que precisava ganhar.
Não é que o Palmeiras tenha dado um azar danado, bola não entrou, goleiro foi o destaque… nada disso. Goleiro do Nacional não fez uma defesa difícil sequer. Foram 34 cruzamentos para a área, uma pressão "de mentira" no segundo tempo.
Não é pela tabela, é pelo futebol. Vive um drama, o Palmeiras.
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