Trio-de-ferro começa a Libertadores do jeito que acabou o ano
O trio-de-ferro paulista começou a Libertadores da América do jeito que acabou o ano passado.
O Corinthians sabe o que quer e acha resultados até quando não merece. O Palmeiras, no vai-não vai, cheio de incertezas. E o São Paulo, com rumo para lá de duvidoso.
O Corinthians fez um primeiro tempo horroroso no deserto de Atacama, Chile, no estádio em que cabe três vezes a população da cidade (!!). O Cobresal pressionou lá no alto a saída de bola corintiana. Resultado: chutão atrás de chutão. No segundo tempo, com André e Giovanni Augusto, o Corinthians melhorou – logicamente ambos terão de ser titulares.
Passou a rondar mais a área adversária, ameaçar minimamente. Ainda assim, não assustou. Pouco finalizou. Não mereceu ganhar. Mas ganhou. Foi um jogo horroroso, para 0 a 0, mas times campeões encontram maneiras de vencer – mesmo que a maneira seja um gol contra nos acréscimos. É o prêmio pela organização e o esforço coletivo.
O resultado é ótimo em um grupo complicado. O Cobresal não acabará sem pontos. Cerro Porteño e, principalmente, o Santa Fé são times de tradição em seus países e até no futebol sul-americano. É claro que 9 pontos em Itaquera resolvem tudo.
Preocupa a dificuldade incrível para jogar quando pressionado. Mas o Corinthians tem uma base de jogo, um treinador ótimo e só vai melhorar ao longo das semanas.
O Palmeiras empatou com o pior time do grupo, mas fora de casa. No entanto, não transmite a mesma segurança em relação a ganhar 9 pontos em casa. O técnico parece ameaçado, pelo menos de acordo com quem acompanha o clube de perto. E o time continua sem padrão de jogo.
O Palmeiras esteve duas vezes à frente, cedeu o empate e perdeu a chance de respirar e ganhar tranquilidade para trabalhar com menos pressão. Não foi pressionado como o Corinthians, não enfrentou a altitude. E não ganhou.
E o São Paulo, esse sim, precisa se preocupar.
Continua o mesmo time instável de 2015, capaz do melhor e do pior em pequeno espaço de tempo. Na pré-Libertadores, faz um ótimo jogo fora e um péssimo em casa. Tem a chance de começar a fase de grupos com tudo. E…. derrota, vaias, crise.
O The Strongest é o típico time forte em casa (altitude) e que literalmente não ganha de ninguém fora. Mas… ganhou. No Pacaembu.
O grupo do São Paulo tem um desenho nítido. Duas supostas forças, River Plate e São Paulo. Um time que "poderia" complicar, o Strongest. E uma baba, o Trujillanos. Ganhar do Strongest era um resultado básico. A consequência agora? Vai ter de ganhar na Argentina do River ou na altitude boliviana. O São Paulo coloca, sobre as próprias costas, uma pressão monstra para o resto da fase de grupos.
Na Libertadores, os prognósticos são mais complicados. A imprevisibilidade é maior. É apenas uma rodada, mas uma rodada de jogos com peso grande no papel.
O Corinthians ganhou onde talvez os outros não ganhem. Encaminhou a classificação. O São Paulo perdeu o jogo que não podia perder. Já coloca em risco a classificação. E o Palmeiras volta do Uruguai deixando no ar as mesmas interrogações que levou para lá.
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